Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Seis da manhã.
Sinto uma mãozinha minúscula no rosto, uma carinho macio, leve, um roçar de dedos tão breve, pequenino. Sorrio e continuo de olhos fechados.
Do outro lado, uns cabelos escorregam para cima do meu ombro, uma cabeça pequena que se apoia no meu peito.
Sinto-vos como parte de mim. Continuo de olhos fechados, enquanto um sentimento bom me invade. Estou à deriva.
Tocas-me. Acaricias-me a cabeça e encontro-me.
Encontro-me no momento em que abro os olhos e me revejo dentro dos teus. Sorrio-te. Adormecemos. Quatro corações num só!
...aqui, deste lado da montanha.
As nossa vidas é, assim, feita de amores, de paixões e de ódios. Não sabemos explicar, mas as pessoas vão entrando nas nossas vidas e despertam-nos paixão, ou não, que se apaga ou que, por artes mágicas, se transforma em amor.
E há aquelas pessoas de quem gostamos desde o primeiro momento, e há aquelas de quem começamos a gostar ao décimo ou décimo primeiro momento, e há aquelas de quem gostaríamos de gostar - e esforçamo-nos por isso - mas não conseguimos, e há aquelas de quem gostaríamos de não gostar - porque nos ferem - mas insistem em não sair dos nossos corações, e há aquelas de quem não gostamos, apenas... E as nossas relações são, à semelhança das palavras dos jograis e trovadores, cantigas de amigo, cantigas de amor, cantigas de escárnio, cantigas de mal-dizer.
Post "porque me apetece escrever"
...aqui, deste lado da montanha.
À mesa (numa daquelas sessões de teimosia que depois já nem nos lembramos sobre o que é):
Bi: É preto!
Eu: É branco!
Bi: Mas será que não vês que é preto?
Eu: Tu é que está cego. É branco.
Pompinhas ( em voz alta): Pronto, pronto, a mamã tem razão!
Eu: Obrigada, filha, alguém que me compreende.
Pompinhas (em voz baixa, virada para o pai, com a mão a esconder a boca): E tu também, papá!
3 aninhos de muito jogo de cintura... Tudo indica uma forte queda para a política!