Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Fernando Pessoa morreu a 30 de novembro de 1935.
Para assinalar a data, o poeta:
"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.
Poemas Inconjuntos, Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
No dia de aniversário da sua morte, por "cólica hepática", associada a cirrose hepática, certamente não por beber demasiada água, apetece-me comentar a nova publicidade ao Licor Beirão, em que se faz um jogo com os heterónimos de Pessoa. Engraçado, como, aliás, a maior parte das publicidades do Licor Beirão. Mas ontem, quando vi este spot, pensei imediatamente "e o licor beirão é feito de absinto??". É que Fernando Pessoa, para mim, combina é com absinto... Então fui procurar o que bebia Pesssoa e os seus outros eus:
"Eu, o fumador de cigarros por profissão adequada,
O indivíduo que fuma ópio, que toma absinto, mas que, enfim,
Prefere pensar em fumar ópio a fumá-lo
E acha mais seu olhar para o absinto a beber que bebê-lo..."
Passagem das Horas, Álvaro de Campos
"Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada."
Tão cedo passa tudo, Ricardo reis
"Dá-me mais vinho porque a vida é nada",
Há doenças piores que as doenças, Fernando Pessoa
Enfim, não lhe fica mal o Licor Beirão...