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É o hoje o dia em que passamos a pagar os sacos de plástico no supermercado, por ordem do governo, entenda-se, porque todos sabemos que já os pagávamos, ainda que não aparecesse o preço na fatura...
Gosto desta iniciativa. Já se sabe que a nossa vontade de sermos ecológicos e pouparmos o planeta só estica até aos limites do que o nosso comodismo nos impõe e, ainda que faça a triagem do lixo, com direito a cantinho ecológico cá em casa e tudo, ainda que tenha adotado a garrafa ecológica em detrimento das de plástico, ainda que me esforce por ensinar os meus filhos a poupar água, ainda que já tenha comprado uns dez sacos de fibra, estes ficavam sempre esquecidos na mala do carro e quando chegava a hora de pegar as compras o comodismo impunha-se e lá vinham mais uns quantos sacos de plástico.
Mas a semana passada, decidi-me. Criei enfim o hábito: arrumo as compras; arrumo o saco na mala... Fácil, fácil! Já não há esquecimentos.
E os sacos até são giros! E combinam comigo.
Por outro lado, sete cêntimos (preço de um saco de plástico no supermercado) vezes muitas vezes é muito dinheiro para um orçamento tão parco. Tal, como os sacos de plástico , afinal: sete sacos de plástico vezes muitas vezes é muito plástico para um planeta tão pequeno!
Lembro-me sempre de um episódio do CSI em que se investigava um roubo de 3 cêntimos... em 80 milhões de contas...
...aqui, deste lado da montanha.
Não consigo precisar em que altura conquistei a fama de boa pasteleira, mas penso sempre que isso se deve a uma conjugação de factos mais ou menos coincidentes: o facto de os meus filhos passarem a ser exigentes nos gostos, o facto de a maior parte das mulheres da minha vida não serem grandes ases no que diz respeito a bolos e sobremesas que vão para lá do junte tudo, mexa e leve ao forno, e que julgam que bater as claras em castelo é tarefa para ser executada num castelo, o facto de ter pago 40 euros pelo último bolo de aniversário que mandei fazer (há 5 anos atrás)...
Não sei se é a prática que me fez a fama, ou a fama que me aguça a vontade de fazer melhor, mas faço aos bolos e sobremesas para os aniversários com a mesma entrega e empenho que dedicaria a uma obra de arte.
Não sei nada de pastelaria,nem tenho curso ou workshops, mas gosto muito de comer, e isso, parecendo que não, deve ser importante .
Este foi o que fiz o ano passado. Não deve ser muito diferente, o dos nove anos, mas já vai ter alguns requintes de uma princesa que se diz pré-adolescente e de uma mãe que se diz pasteleira-amadora...
A receita é uma mistura de várias :
3 massas folhadas retangulares (3, caso se queira fazer o entrançado; 2 se se pretender um efeito liso; 1 se se quiser decorar o bolo por cima com massa de moldar, fondant...)
200g de açúcar;
6 ovos;
raspa e sumo de meio limão;
125g de farinha;
45g de farinha maizena;
1colher de chá de fermento em pó;
açúcar em pó q.b.
Creme pasteleiro:
7,5 dl de leite;
3 ovos;
100g de açúcar,
60g de farinha;
casca de limão.
Levar as massas folhadas ao forno em tabuleiros separados a 200º até estarem douradas, retirar e reservar. (Se se pretende fazer o entrançado, temos de cortar uma das placas de massa folhada em tiras verticais e outra em tiras horizontais e, de seguida, fazer um entrançado, como uma teia - uma vez por cima, outra por baixo, uma por cima, outra por baixo...- antes de levar ao forno).
Untar um tabuleiro retangular e polvilhar com farinha.
Separar as gemas das claras e bater estas últimas em castelo. Noutro recipiente bater o açúcar com as gemas, a raspa e o sumo de limão, acrescentar as farinhas, alternadas com as claras. Deitar no tabuleiro e levar ao forno 15/20 minutos.
Entretanto prepara-se o creme pasteleiro: mistura-se todos os ingredientes e leva-se num tacho ao lume, mexendo sempre para não queimar, até levantar fervura.
Montagem: dispor alternadamente uma camada de massa folhada, creme e bolo (que podemos partir no sentido longitudinal ou não), conforme a imaginação...
Ah! Por fim, pode-se polvilhar com açúcar em pó e decorar, ou não...
Coisas que eu fui aprendendo: Se se polvilhar a massa folhada com um pouco de açúcar mascadavado, ficamos com um bolo mais docinho; os ovos, já todos sabem, mas nunca é demais lembrar, devem sempre ser separados num recipiente à parte, antes de os juntar; e as farinhas devem ser peneiradas para não haver grumos.
...aqui, deste lado da montanha.