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Sabem bem, ou pelo menos desconfiam decerto, que não acredito nada nessa história da imagem que vale mil palavras. As palavras são tão múltiplas que nunca poderiam ser só mil. Mas hoje, sem tempo para estas palavras. Deixo-vos a imagem e corro para as outras mil, e mais mil, e mais mil, e mais mil... palavras.
O problema de os outros demónios é que a escrita pode ser, a seco, indigesta. E as pessoas podem pensar que não concordam comigo, ou, pior ainda, que concordam comigo, que eu não estou bem, ou que estou bem demais, e isso, na escrita, é uma verdade tão verdadeira como a possibilidade de eu me vir a tornar astronauta. Tudo o que se escreve é um lado de nós que nunca, nunca, somos nós. O que escrevemos é sempre aquilo que queremos que os outros leiam, porque a escrita tem essa magia de ser sempre para alguém.
Muitas vezes, vezes demais, releio o que escrevi e não me parece meu. Uma palavra, num instante, e toda ela é toda outra, quando ultrapassa a fronteira de escrita a lida.