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Fomos à Vila Natal ou, mais especificamente, a OLETSAC, difícil e, quanto a mim, muito mal conseguido anagrama de castelo... Mas a entrada em oletsac foi apenas a primeira mal esperada surpresa desta tarde. 5 euros para pagar foi quanto nos pediram, 5 euros por pessoa! Sendo a família de 4 elementos ( o pequeno de três anos também pagava) e, dado que não quisémos deixar nehnum de fora, lá pagámos os vinte euros com a convicção de que haveriam de valer a pena....

 

A partir da entrada, foi um tal ataque às nossas carteiras, conseguido em grande pelo apelo aos mais pequenos, por um lado, e pelo malvado espírito natalício, por outro, que houve um momento em que ansiei que, por artes mágicas, encantatórias ou diabólicas, me levassem dali para fora. Pagar o carrossel, pagar as atividades desportivas, pagar a patinagem (uma hora e meia de patinagem teria dado para pagar as oito horas por mês de aulas da minha filha...); pagar o kart, pagar as pipocas... graças a Deus, tínhamos acabado de comer antes de entrar, e eu tinha ido prevenida com uma garrafinha de água, ao bom estilo portuga!

 

Não entendo qual é o objetivo de tais medidas. Não percebo porque é que dentro das muralhas pagamos três euros por um croissant e cá fora um euro e meio, que já é mais caro do que em qualquer boa pastelaria, por sinal, não entendo porque é que dentro das muralhas nos pedem um euro e meio euro por uma ginjinha e, transposta a porta do castelo nos pedem um euro... Há qualquer coisa de desencantado nisto! Alguem me explique! E, já agora, alguém me explique também como permitem num evento desta grandeza que os preços sejam apresentados com etiquetas que se sobrepõem e sobrepõem, claramente a marcar a diferença de preços de acordo com o quê?  a disposição dos duendes???!!

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Dentro do sapatinho

por Ni, em 27.12.12

Já se sabia, o Pai Natal não poderia carregar com todos os livros que lhe fui pedindo, mas é sempre bom saber que ele está atento...


Este já está à espera da sua vez, na lista dos "a ler imediatamente".


 


 

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A autista em mim... no Natal

por Ni, em 25.12.12

Eu sei. Há séculos que não venho ao outro lado... mea culpa, mea culpa. Só posso pedir perdão aos meus dois, vá lá três, abandonados leitores. 

 

Tirando isso, não escrevo mensagens de Natal. Nunca escrevi. Há anos recebia dezenas de sms mais ou menos iguais, a desejar mais ou menos a mesma coisa. Respondia a cada uma, com a certeza que a minha resposta era imensamente mais personalizada do que noventa por cento das que recebia. Não escrevo mensagens de Natal. Nunca escrevi e, com os anos, as mensagens foram diminuindo... 

 

Não escrevo mensagens de Natal. Nunca escrevi. Com o facebook, chegou uma nova era de mensagens. As minhas respostas deixaram de ser personalizadas, resumem-se, antes, a um gosto igual a todos os gostos. 

 

Não escrevo mensagens porque acredito que quem me quer desejar um Feliz Natal se há-de esforçar por falar comigo. Eu nem tanto, é a autista em mim. Não ligo... 

 

Este ano só recebi 3 (?!!!) sms de Natal e comentava que, com a chegada do face, as pessoas foram, realmente, esquecendo o telemóvel. O homem da casa, socialmente classificável como o lado oposto do autismo, disse-me que não, que já tinha recebido umas dezenas de sms...

Eu não, não tinha recebido nenhuma. Os meus amigos são mais do tipo de ligarem e dizerem, de frosques, sem aquecimentos, "então, isso é que tu passaste por cá para me dares um beijinho de Feliz natal?!". E, pronto, ficamos assim, sem meias medidas, sem desculpas, apanhados a roubar rebuçados...

 

...aqui, deste lado da montanha.

 

 

 

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o sustento diante do sol

por Ni, em 16.12.12

2012 foi um ano mau. Dois anos depois da morte de Saramago, percebi, tomada de tristeza, e espanto por tão tardia percepção , que não voltaria a ler um novo livro seu. 


2012 foi um ano mau, não por causa dessa certeza fria, mas também por causa dessa certeza fria. É como se, de repente, percebesse que não há pelo que esperar.


 


Depois, sei lá porquê, ouço este nome, valter hugo mãe, e continuo sem compreender por que razão nunca li nenhum livro dele. Ah! e continuo sem ler, e continuo sem ler. E depois, há duas semanas, vejo o livro, a capa tenta-me, o nome a chamar-me, a atrair-me e eu já comprei o meu livro do mês e os dias são de contenção, e eu compro-o só porque sim, porque é Natal, talvez não compre o meu livro do mês de dezembro...


 


Ao fim de duas páginas não quero acreditar que seja tão bom assim, não vou ler mais, não pode ser tão bom assim! Escondo-me o livro.


 


Ontem recomecei. Uma leitura que não quer ter fim, que deseja o próximo, e o próximo, e o próximo parágrafo. Uma leitura que não é feita de histórias. Eu não gosto de leituras de histórias. Uma leitura que é feita de palavras e de pessoas. Pessoas tão nuas, tão cruas; palavras tão mágicas, tão cruas. Raios! Mas porque é que eu não li nada deste homem antes?


 


Alegra-se-me 2012. Finalmente, há pelo que esperar... Para já, pode mesmo ser, apenas, esperar pelo Natal. A juntar, na carta ao Pai Natal, o nosso reino, o remorso de baltazar serapião e o apocalipse dos trabalhadores.




(..) era uma fantasia e eu só caí nela porque queria tanto encontrar algo que me sustentasse diante do sol.(...) não despreze nada, senhor silva, agarre-se a uma fantasia, se for boa, que a realidade é bem feita desses momentos mais espertos de lhe fugirmos de vez em quando.(...)"
"a máquina de fazer espanhóis"
de Valter Hugo Mãe

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Carta ao Pai Natal

por Ni, em 03.12.12

Querido Pai Natal,


estou a portar-me muito mal este mês {#emotions_dlg.confused}. Não me deixes continuar a ser uma menina má e oferece-me este.


 


Estou a sucumbir ao apelo do caos. Dividida entre as páginas de Humberto Eco e Valter Hugo Mãe, tenho vontade deste clássico:


 


 


 


 


Sim, por causa do filme. Por uma vez, que sejam os filmes a despertar desejos de livros!


 


Já agora, querido Pai Natal, embrulhavas junto com este, como que por distração, mais clássicozinho que eu queria ler/ter... faz favor...


 


 

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A herança

por Ni, em 28.12.11

As coisas têm a importância que nós lhes damos. Não sei quantas vezes ouvi esta frase à Tia, a propósito de pessoas, de ações, de atitudes, de palavras... mas, a bem dizer, parece-me que quando dizia "as coisas" nunca se referia mesmo a coisas. Porém, as coisas também têm a importância que nós lhes damos:

Continuamos as nossas obras infindáveis de reconstrução da casa da Tia, continuamos a aproveitar cada horinha para limpar, pintar, fazer, refazer... e, às vezes, isso é tão bom. Acho que aquela casa está cheia de boas vibrações.

 

Garantidas as divisões essenciais para a habitabilidade da casa, passámos, ontem, ao meramente acessório: o escritório. Agora, nem percebo como deixei passar tanto tempo antes de olhar com olhos de ver cada estantezinha, cada papelinho desta pequena divisão. Os livros não passam de uma dezena, mas cada um é uma revelação, para quem, como eu, se perde do tempo entre as folhas de um livro.

 

Apaixonei-me por dois: uma relíquia de 1877, que vale por cada ano que tem, e um outro que é uma preciosidade, pela imagem feminina que deixa esboçada e porque, se as coisas têm a importância que nós lhes damos, a esta coisa, inexplicavelmente,  eu resolvi dar uma importância do tamanho de um blog.

 

A relíquia:

            

 

A minha joia:

 

 

...aqui, deste lado da montanha.

 

 

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Então é Natal...

por Ni, em 23.12.11

Estou quase, quase a sobreviver a este fim de ano, só para dizer que é Natal. E jogo para trás das costas o internamento no Hospital, outra vez, ligado a oxigénio, outra vez, o assalto à carrinha durante uma das festinhas de escola,pela primeira vez, o despiste de automóvel, outra vez, o carro na oficina, que não anda e vai custar caro, outra vez, os jantares da escola, apressados, a receio, a vir embora, outra vez, as reuniões de filho ao colo, a riscar avaliações, a impedir-me de falar, outra vez. As lágrimas nos olhos, que não saem, não saem, outra vez...

Então é Natal... outra vez.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Ainda o Natal

por Ni, em 30.12.10

Já lá vai o espírito natalício, a azáfama, as filhós, os presentes, agora é já tempo de preparar outra festa, outra celebração, no entanto aqui, em o outro lado da montanha, ainda nada se disse sobre o Natal e não é por falta de assunto ou inspiração, mas, apenas, porque o tempo insiste em me escorrer por entre os dedos.

 

Como tem acontecido nos últimos anos, o Pai Natal apareceu de repente e, mais uma vez, o papá estava na casa de banho. Como tem acontecido nos últimos anos, houve alguma vergonha a falar com o Pai Natal, que teve direito à declamação da peça de teatro "A ceia de Natal", algum nervoso miudinho e excitação na apresentação do mano ao Pai Natal e, ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, algum tempo depois do Pai Natal ter ido embora houve revelações inovadoras: "O Pai Natal é muito parecido com o meu pai... acho que o Pai Natal é o meu pai mascarado..." "O quê? O Pai Natal é o papá? O que é que disseste?- gritámos todos mais ou menos alarmados e a resposta crescida "Já estou a ficar farta desta conversa... vamos falar de outra coisa. Eu sei que o Pai Natal é uma pessoa que vive muito longe, no Pólo Norte." Fim de conversa.

 

...aqui, deste lado da mont cxzza<anha.

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Coisas boas da vida

por Ni, em 05.12.10

Vejo a chuva atirada contra os vidros da janela, ouço o vento nos ramos da pequena oliveira do jardim, adivinho o frio do lado de lá das portas, mas aqui dentro, com a lareira acesa, os miúdos atarefam-se a escolher bolas, a atirá-las ao ar, a estender fitas, a colocar estrelas. Nós dois brindamos com um bom vinho, olhamo-nos, sorrimos, tentamos preencher os minutos em que não temos tempo, apenas não temos tempo. Ouvimos músicas de Natal, enquanto a miúda tenta perceber o que são aqueles bonecos de barro, porque é que o burro está ao pé do bebé, diz "coitadinho, não tem roupa" e nós sorrimos e os nossos olhos dizem que apenas não temos tempo, e que somos felizes.

De repente, as urgências e a ambulância já estão longe, os pontos na cabeça do miúdo lembram-nos, apenas, a sua traquinice e podemos respirar um pouco aliviados, porque há instantes que valem horas.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Natal (tenho andado ocupada...)

por Ni, em 04.01.10

 O NATAL foi como imaginado, a família, blá, blá, blá, e a confusão misturada com a alegria e blá, blá, blá, a emoção da Pompinhas ver o Pai Natal, blá, blá, blá, e o primeiro Natal do Róquinhas, com blá, blá, blá, mas, este ano, em casa da Di. Houve blá, blá, blá, mas entre blá, blá, blá, A DI E O BRUNO VÃO CASAR.

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