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Não gosto de andar a ver montras. Não no sentido em que vais ver montras e até pode ser que compres alguma coisa. Não gosto. Aliás, detesto ir às compras (sim, sim, é a autista em mim) e, se me vejo obrigada a isso, porque as botas já têm buracos ou não entro dentro das calças, não perco tempo com montras. Olho para um manequim com o meu estilo e dê cá o meu número, se faz favor. Portanto, nada de montras.
Mas, ainda a propósito de fotografias, descobri que nutro um certo fetiche fotográfico por montras. Não lhes resisto, é mais forte do que eu, e isso lembrou-me que tenho de treinar fotografia através do vidro. Vejam estas, made in Barcelona:
No mercado La boqueria
Pelas ruas, a representar profissões e celebridades:
E esta, originalíssima! Não, não são bolos... são toalhas de banho!
Ainda há mais, mas já dá para terem uma ideia. É ou não um significado novo para a expressão "ver as montras"??
... aqui, deste lado da montanha.
Tenho o vício da fotografia. Não aquela de exposição social, não aquela de ecrã, não aquela que amontoamos em discos e cd's, mas a fotografia de papel, a que se corrompe, a que sofre a passagem do tempo e, ainda assim, está lá à mão dez anos, vinte anos, cinquenta anos depois.
Assim sendo, tenho este compromisso de todos os anos, nos primeiros dias do ano novo, imprimir umas quantas fotografias do ano que passou (este ano foram SÓ 700 ) e, como por estes dias, graças à gripe que se passeia cá por casa, não consigo mesmo fazer mais nada, lá vou organizando 2014, entre as medições de febres, os choros mimados e os colinhos que ora "quero tanto, tanto, tanto", ora "chega-te para lá, mãe, que me fazes calor"!
Claro que este vício tem vindo a despertar uma outra paixão, a de fotografar: captar um momento, um instante, um lugar, uma pessoa, um sentimento. E não, não acredito que uma imagem vale por mil palavras, mas estas, tão minhas, tão minhas,não posso negar, escondem muitas palavras...
aqui, deste lado da montanha.
Só para partilhar esta pequena maravilha, resultado de algumas tentativas com a minha máquina fotográfica.
... aqui, deste lado da montanha.
Se uma imagem vale mais do que mil palavras, quanto valem 600 imagens?
Para ordenar, organizar, colar...
Estou feita! Há dois dias que ando nisto...
Tem sido impossível deixar por aqui umas palavras, mas não podia passar sem assinalar esta coincidência. Na sexta-feira, após a análise de um texto (muito, muito bom, por acaso), pedia-se que se sugerisse um outro título. A minha explicanda, sem qualquer relação com este blog, sugeriu os outros lados da imagem. Arrepiante!...
Os outros lados (também?) da montanha? Se calhar quando chegamos ao cume da montanha percebemos que, afinal, ela não tem apenas só mais um outro lado, mas outros lados. Como as imagens. Cada um vê numa imagem o lado que o seu eu quer, e consegue, ler?