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Apetece-me pegar numas caixas, grandes, enormes, uns contentores e jogar fora tudo o que tenho em casa. Tralha, tralha, tralha! Sinto-me a afogar.
A minha casa assemelha-se muito a isto
só que com mais brinquedos!
...aqui, deste lado da montanha.
Já se sabe, não sou crítica confessa, dada a pretensões de Pedro Boucherie Mendes (de quem sou fã, admito) com a sua legião de milhares de seguidores para o bem e outros tantos seguidores para o mal, não sou fazedora de opiniões, nem de modas, nem de bolos, nem do que quer que seja.
Aquilo que aqui escrevo é para os meus dois, vá lá três, leitores, agora quatro, porque não posso esquecer o meu anónimo de Mountain View que insiste em permanecer anónimo...
São guerras minhas, é certo, mas quem não travou já uma guerra contra estes inimigos, ou não chegou aos vinte e não sabe o que é a celulite, ou não chegou aos trinta e não sabe o que é bolor. Esses, podem parar de ler, por favor e vão dar uma voltinha por aqui.
Aos outros dois, vá lá, três, agora quatro, leitores, este foi o inimigo que eu hoje tive de enfrentar:
Noutros tempos, usei contra tão feroz inimigo aquela que considerava a única arma possível: lixívia! Mas hoje, filhos alérgicos assumidos, para evitar (mais) idas ao hosital com crises de falta de ar, há que fazer experiências: este, porque toda a gente usa, e este, porque não tem cheiro.
O primeiro é excelente e imediato. Depois de dez minutos, não há pintinha preta para contar história, mesmo sem esfregar. Tem lixívia, sim, porque a minha roupa ficou toda manchada. O outro, mais demorado, é preciso esfregar, parece-me de atuação mais prolongada, do género de matar por dentro, mesmo que não se veja por fora, enquanto o primeiro é mais uma maquilhagem bem feita que elimina por fora, mas que me deixa algumas dúvidas quanto à duração. Usei o primeiro na casa de banho e cozinha e o outro no quarto do miúdo. Agora, esperar para secar e, depois, pintar a gosto...
Já agora, não esquecer de colocar luvas, óculos e máscara. Mesmo parecendo que não, estes produtos fazem os seus estragos na pele e nos olhos:
...aqui, deste lado da montanha.
Cá em casa somos os dois funcionários públicos. Já se sabe, não fazemos nada e só "chulamos" o país. Para além disso, neste momento, recebemos menos 400 euros por mês (200 porque sim, e 200 de subsídio de especialização e acerto de escalão, seja lá o que isso for...), não vamos ter subsídio de férias, nem 13º mês ( o que significa que, no Verão, a caixa do ecomarché, como é pobre, coitadita, vai de férias para uma casinha na praia de Mira, e eu deixo de ir para o Algarve, não para ir com ela para a Praia de Mira, mas para ficar em casa, porque nas férias não vou ter subsídio). Como ainda está toda a gente, inclusive a caixa do intermarché, a pensar que é bem feito, porque eu tenho um bom salário, e só "chulamos" o país, ainda ninguém se lembrou que este ano, como não vou de férias, também não vou fazer as compras para as férias ao intermarché, e o intermarché não vai vender, e é provável que tenha menos clientes, e é provável que venha a dispensar empregados, talvez a caixa que ia de férias para a Praia de Mira...
Assim sendo, desabafos e 400 euros à parte, sou agora obrigada a ser criativa. No aniversário dos miúdos sempre fiz as sobremesas todas, mas sempre comprei o bolo de aniversário na pastelaria, principalmente por causa do "desenho", que eles escolhiam com tanto gosto. Este ano, tive de inventar e lá a convenci que giro, giro era sermos nós as duas a fazermos o bolo, para ela levar para a escola e para a festinha cá de casa. Convenci-a com o bolo de gomas e pintarolas, em vez do desenho das Winx que ela queria... Os bolos ficaram ótimos, que eu sou pessoa modesta, e fiquei fã. Bons, bonitos e, principalmente, baratos. Pela primeira vez, não sobrou uma fatia de bolo de aniversário para o dia seguinte, vá-se lá entender as minhas pessoas...
...aqui, deste lado da montanha.
De acordo com a wikipédia:
O bolor é uma designação comum dada a fungos. Eles vivem principalmente em lugares húmidos e escuros. Os bolores crescem sobre pão velho, frutas podres, couro, madeira, papel e muitos outros materiais. Certos tipos de bolores podem causar males à saúde humana. No entanto, algumas espécies desses fungos são benéficas, sendo muito utilizadas na produção de queijos e em medicamentos, como a penicilina.
De acordo com Alma Ni:
Bolores-humanos é uma designação comum dada a pessoas que são fungos e que vivem, principalmente, da escuridão, tristeza e, muitos, da falta de sexo. Crescem sobre pessoas frágeis, tristes, solitárias. Certos bolores humanos podem ser extremamente maléficos. Desconhecem-se espécies de bolores-humanos que sejam benéficas.
Como eliminar bolores:
o tratamento temporário passa por vaporizar os bolores com lixívia e alguma água e, nos mais resistententes, esfregar fortemente; o tratamento permanente consiste em ventilar frequentemente os espaços.
Como eliminar bolores-humanos:
o tratamento destes bolores requer muita persistência, uma vez que há muitas espécies diferentes, que requerem medidas individuais de tratamento, mas, geralmente, é eficaz vaporizar os bolores-humanos com alguns sorrisos e alguma indiferença e, nos mais resistentes, esfregar com boa comida, bom vinho e boa música (não falo de bom sexo, porque isso é mais tratamento permanente, pode levar à morte); o tratamento permanente consiste em dar-lhes momentos de felicidades (são muito alérgicos à felicidade, podendo, eventualmente, alojar-se noutra pessoa...)
...aqui, deste lado da montanha.