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Tempos de mãe

por Ni, em 03.02.12

Estranho esta noção do tempo estranho em que as horas se emaranham por entre febres, antibióticos, hospitais, refeições fora de horas. As horas vão desfilando com a ansiedade de saber quanto tempo passou desde o último ben-u-ron ou o último brufen. Os minutos passam lentos entre toalhas molhadas no corpo e máscaras de ventilan... 

Olho o relógio e são cinco horas da manhã e continuo a velar, atenta à respiração, sonolenta, atenta à febre, sonolenta, atenta... e acordo assustada sem saber quantas horas passaram, o que aconteceu durante o meu sono, não devia ter dormido. Olho o relógio e são cinco horas da manhã e três minutos...

 

...aqui, deste lado da montanha.

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De pernas para o ar

por Ni, em 15.12.11

O que me incomoda, entristece, deprime, deixa desnorteada não são as discussões na escola, não são as avaliações de professores, não são as birras dos miúdos, não são as desilusões com as pessoas, não são os jantares a que falto. O que me deixa de cabelos colados ao chão é sentir o meu filho a tremer de febre, é ver que o ar parece não ser suficiente, é vê-lo assim postrado, a gemer baixinho, encostado a mim.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Escuridão

por Ni, em 16.05.11

Depois de mais uma noite de Urgências (até às cinco da manhã), a tentar que o meu bébucho conseguisse respirar - estava com hipoxemia-, percebo que, infelizmente, os procedimentos são cada vez mais familiares, as pessoas reconhecem-me nos corredores, os médicos falam comigo como se eu fosse da área... no entanto, nada me habitua à falta de ar, ao sufoco, aos choros e lamentos, nada me prepara para o eventual internamento... Sei que esse é o caminho acertado, mas é um caminho escuro, negro, solitário. 

 

...aqui, deste lado da montanha.

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4 dias depois

por Ni, em 04.01.11

4 dias. 4 dias são suficientes para extinguir qualquer vestígio de otimismo face ao novo ano. Em 4 dias vejo as minhas expetativas caírem, serem derrubadas, afundarem-se-se em febres, termómetros, ben-u-rons, antibióticos, pneumonia. Até poderia ultrapassar tudo isto se fosse comigo, mas com o miúdo... só consigo pensar que é um mau princípio do ano.

...aqui, deste lado da montanha.

 

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Coisas boas da vida

por Ni, em 05.12.10

Vejo a chuva atirada contra os vidros da janela, ouço o vento nos ramos da pequena oliveira do jardim, adivinho o frio do lado de lá das portas, mas aqui dentro, com a lareira acesa, os miúdos atarefam-se a escolher bolas, a atirá-las ao ar, a estender fitas, a colocar estrelas. Nós dois brindamos com um bom vinho, olhamo-nos, sorrimos, tentamos preencher os minutos em que não temos tempo, apenas não temos tempo. Ouvimos músicas de Natal, enquanto a miúda tenta perceber o que são aqueles bonecos de barro, porque é que o burro está ao pé do bebé, diz "coitadinho, não tem roupa" e nós sorrimos e os nossos olhos dizem que apenas não temos tempo, e que somos felizes.

De repente, as urgências e a ambulância já estão longe, os pontos na cabeça do miúdo lembram-nos, apenas, a sua traquinice e podemos respirar um pouco aliviados, porque há instantes que valem horas.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Livro de reclamações IV

por Ni, em 06.05.10

Já alguma vez "apanharam" um médico que vos está a atender e a olhar para o relógio e que depois vos faz consultar outro porque, embora tenham ido mostrar-lhe uns sinais suspeitos, ele não se lembrou de pedir para ver as vossas costas e, passado um mês, apanham um grande susto porque descobrem lá um "sinal" feio que, segundo o novo médico, "não é nada mau, mas podia ser"?

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Help!

por Ni, em 11.02.10

 Que m¨¨¨a de praga é esta que não consigo que os meus amorzinhos fiquem bem? Ainda estava no consultório da enfermeira com o bebé, a contar das dores da noite e a preparar-me para o pós-vacina, e já estava a receber telefonema da creche da Pompinhas, que estava (novamente) com febre! Chiça!! É caso para dizer "eu não acredito em bruxas, mas que as há, há!"

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Há o CS São Rafael, onde quero, um dia, ir parar, e há o CH Caldas da Rainha, onde, sem querer, acabo, sempre, por ficar... Terça-feira tive novamente direito a uma estadia grátis de dois dias e uma noite, com  meia pensão.

 

Versão rápida:

9:30 - O bébucho tem dificuldades em respirar, engasga-se, tosse, pia. Aflijo-me.

10:00 - Tosse, engasgos, pios. Pânico. Pego no que está à mão e corro para as Urgências.

... 

 

Bem, a versão rápida já ia tão longa, que resolvi fazer a versão blog, esperando que entendam:

Raio-X, aerossol, petéquias,medo, análises, febre, angústia, repetição de análises, internamento para observação, pânico, refeições apressadas na cantina do hospital, monitorização dos batimentos cardíacos, tristeza, otorrino, alta às 15:00 de ontem.

Já disse antes, mas agora é dose dupla: os nossos filhos não deviam adoecer nunca. NUNCA.

 

Agora, tirando a tosse, a disfonia e o nariz entupido, está bem.

E eu até já consigo imaginar a troca do CH pelo CS: check-in, alegria quase histérica,piscina, spa, boa-disposição, jantaradas bem demoradas, s.m., pequeno almoço de rei, massagem, banhos de sol, check-out. Era bom, não era? Fica aqui a vontade.

 

...aqui, deste lado da montanha.

 

 

 

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Accionistas dos hospitais

por Ni, em 02.12.09

 Com tantas incursões aos vários departamentos de clínicas e hospitais, no último mês, estamos prestes a obter direito a um número de cotas... E este fim-de-semana lá voltámos nós aos médicos. No sábado, ida à Cuf para o raio-x da pompinhas: pouca gente.

Como há dias que tinha sintomas de infecção urinária, com direito a sangue, e para não levar os miúdos para as gripes das urgências, lá fui ao atendimento permanente. A médica receitou-me  antibiótico e, se o sangue não parasse até segunda, devia ir às urgências obstétricas. 

No Domingo: nada de sintomas da infecção, mas o sangue continuava.

Na Segunda-feira: continua o sangue (pouco, mas ainda vermelho vivo).

Vou com o Rafael ao Centro de Saúde, para pesar (continua a aumentar muito bem), e a enfermeira diz-me que devo ir às urgências. Que raiva!

Apetece-me chorar. Não quero ir, outra vez, para o hospital... não quero levar os meus meninos para as gripes...

Lá vou!

No hospital só gente de máscara. Corro com o carrinho do Rafael, tentando desviar-me dos vírus, até à ObstetrÍcia. Felizmente, a Pompinhas adormeceu e ficou com o papá no carro. 

Espero...

O médico observa-me, faz eco endo-vaginal e diz que tenho um mioma. Nada de preocupante, mas para ser controlado pela obstetra, porque , se não desaparecer até consulta de revisão do parto, tem de ser retirado. 

Eu sei que deveria ter ficado angustiada e preocupada, com o que ele me disse, mas estou tão farta de estar "mal" que me alivia saber o que tenho. Vamos ver o que os próximos dias trazem.

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Internamento pneumonia

por Ni, em 04.11.09

 Tudo pode acontecer durante uma gravidez que se esperava mais ou menos tranquila. Assim, dou por mim internada às 39 semanas e meia, com a minha princesa que tem uma pneumonia. 

Depois do susto dos quarenta de febre, do sangue na expectoração e da oxigenação insuficiente, bem como da angústia de a qualquer momento o Rafael nascer e eu ter de deixar a minha Pompinhas, finalmente, uns momentos de calma, porque ela parece estar a melhorar...

Conta-se com o amorzão papá, com a simpatia da equipa de pediatria que tem sido super-simpática e com o apoio dos que gostam de nós...

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