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sorte de mãe

por Ni, em 14.04.13

Uma coisa que aprendi com estes (poucos!) anos de mãe é que se aprende muito a ouvir as outras mães. Ouvir daqui, ouvir dali, misturar tudo, analisar resultados comprovados e , por fim, a regra de ouro, decidir sempre com o coração. Só esta regra te permite continuar quando, por vezes, muitas vezes, te vês estatelada no chão, a arrepelar cabelos, a pensar que cometeste o maior erro da tua vida, porque é sempre o maior...

 

Uma colega que não vem mesmo ler o meu blog, a não ser que talvez, por acaso,  perguntou-me no outro dia como é que fiz para os miúdos deixarem as fraldas. E, dizem, tive muita sorte. A miúda demorou um mês, bastante molhado; o miúdo, talvez uns três, escassamente molhados.

 

Os primeiros xixis da miúda foram na praia, ali mesmo a ver o que acontecia, quando se tirava aquele monte de papel, empecilho, calorento. Ela gostou e, quando eu dei conta, já não queria fraldas, mas continuava a precisar delas... Munam-se de esfregona, roupa de substituição e muita, muita paciência. Uma semana depois, tirei-lha a fralda à noite. Poucos líquidos à noite, xixi antes de dormir, xixi à meia-noite (a dormir) e muitos lençóis à mão para trocar a meio da noite e, claro!, paciência!

 

Com o rapaz foi mais demorado, mas foi ele que pediu para fazer sem fralda. Primeiro, como a mana, depois, como os homens. Levou mais tempo, porque como ele era novinho hesitei entre tirar ou não as fraldas. À noite, as coisas só funcionaram quando comecei a sentá-lo na sanita para fazer o xixi. Acho que em pé ele ficava menos descontraído.

Ah! sanita, pois, porque para eles o "bacio" ou "pote" é mais ou menos um objeto estranho... O miúdo até acha que é um brinquedo qualquer... Imitação é outra das regras com crianças que fui adotando. Eles são melhores a imitar-nos.

 

Dizem que tive sorte. E tive. Sorte e muitas noites mal dormidas, muitas roupas trocadas, às vezes, quase sempre, nas piores alturas, alguns banhos a meio da noite, alguma vontade de desistir e pôr-lhes uma fralda e miuuuto mau-humor... e sorte.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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SABEDORIA MATERNAL

por Ni, em 03.01.12

1964:

 

"Não é verdade que a maior parte das crianças nasça à noite. As estatísticas negam tal fato. As crianças podem nascer a qualquer hora, especialmente de dia. Apenas, os partos noturnos são mais lembrados, porque a hora por si só acarreta mais dificuldades e rouba algumas horas de sono amais na família.

 

A alimentação saudável e controlada pelo especialista, muitas horas de sono e roupas folgadas e confortáveis, proporcionarão maior bem-estar à gestante, fazendo com que ela não sinta muito a passagem dos dias que antecedem ao grande acontecimento da sua vida."

 

Das duas uma: ou as estatísticas mudaram desde 1964, ou eu sou exeção às estatísticas - uma criança, às cinco da manhã, outra, às onze e meia da noite. Só malta da noite! Quanto à passagem dos dias, as gravidezes é que mandam. A minha primeira foi sete-sóis e a miúda nasceu às 36 semanas, num parto que teve tudo de bom; a minha segunda foi sete-luas e o miúdo nasceu às 39 semanas, num parto que teve algumas coisas más...

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Coração apertado

por Ni, em 17.04.10

Voltar à escola também foi sinónimo de voltar a sentir o aperto no coração de deixar o meu bebé na creche. Andava um pouco preocupada porque, ao contrário da irmã, não conseguia fazer com que ele comesse a sopa. Beber o leite, então, era impossível, fechava a boquinha e... nada!! Durante o almoço, tinha de fazer umas maldades (acho que as avós me devem ter chamado, em silêncio, bruxa má, insensível e coisas piores) e não lhe dava mesmo leite, nem que ele ficasse com fome (depois, antecipava o lanche), porque eu sei que se me rendesse à "chantagem", ele nem sequer iria querer provar a sopa no dia seguinte. E lá fui conseguindo dar uma colher hoje, três amanhã, seis a seguir...

 

Mas, ao fim de uma semana, e graças à paciência e sabedoria das fadas que trabalham na creche, hoje ele já comeu a sopinha toda e, quanto ao leite, vamos esperar pelo papá, para ver como ele se sai. Na creche, depois de três tentativas frustradas, e de várias experiências com tetinas diferentes, parece que já encontraram aquela de que o rapaz gosta (uma nova da NUK, larga) e durante dois dias já lhe deram o leitinho. Fui a correr comprar um biberão igual, para o papá tentar mais logo...

 

Para além disso, estou satisfeita, porque ele fica muito bem, sempre sorridente e sem birras. E, ao fim da tarde, quando me vê, faz-me um sorriso ENORME e mostra-me toda a sua felicidade e eu fico bem e o meu coração pode, enfim, desapertar-se um bocadinho...

 

...aqui, deste lado da montanha.

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A primeira vez

por Ni, em 29.03.10

Hoje foi a primeira vez que o bébucho comeu papinha. Não gostou nada. Primeiro, fechou a boca e evitava engolir, mas, depois de uma duas ou três colheradas, engolidas por engano, começou a chorar... Acho que, desta vez, deve ter ficado com um pouco de fome.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Há o CS São Rafael, onde quero, um dia, ir parar, e há o CH Caldas da Rainha, onde, sem querer, acabo, sempre, por ficar... Terça-feira tive novamente direito a uma estadia grátis de dois dias e uma noite, com  meia pensão.

 

Versão rápida:

9:30 - O bébucho tem dificuldades em respirar, engasga-se, tosse, pia. Aflijo-me.

10:00 - Tosse, engasgos, pios. Pânico. Pego no que está à mão e corro para as Urgências.

... 

 

Bem, a versão rápida já ia tão longa, que resolvi fazer a versão blog, esperando que entendam:

Raio-X, aerossol, petéquias,medo, análises, febre, angústia, repetição de análises, internamento para observação, pânico, refeições apressadas na cantina do hospital, monitorização dos batimentos cardíacos, tristeza, otorrino, alta às 15:00 de ontem.

Já disse antes, mas agora é dose dupla: os nossos filhos não deviam adoecer nunca. NUNCA.

 

Agora, tirando a tosse, a disfonia e o nariz entupido, está bem.

E eu até já consigo imaginar a troca do CH pelo CS: check-in, alegria quase histérica,piscina, spa, boa-disposição, jantaradas bem demoradas, s.m., pequeno almoço de rei, massagem, banhos de sol, check-out. Era bom, não era? Fica aqui a vontade.

 

...aqui, deste lado da montanha.

 

 

 

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Levantar as mãos

por Ni, em 08.01.10

 Apetece-me ser mesmo, mesmo, mãe babada, tipo "ah, ele já reage aos tlim-tlins"; "ah, ele já se ri"; "ah, ele já diz gu-gu, gá-gá". Por isso, cá vai: o meu rapazeco descobriu que se levantar as mãozinhas e tentar chegar aos brinquedos eles se mexem. Está nisto há dez minutos...

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Entre fraldas...

por Ni, em 11.12.09

 ... e os primeiros sorrisos. ADORO!

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Licença para amar

por Ni, em 26.11.09

 Não tenho tido oportunidade para vir aqui escrever. Aliás, estou a fazê-lo com o meu mais novo amor ao colo, que vai chorando por atenção, porque é um miminho/mimento e quer colo, colo, ternurinhas e beijinhos. E eu dou-lhe o que ele vai pedindo porque, afinal, a licença de maternidade é para isso. Não é para arrumar a casa, lavar  roupa, arrumar gavetas, fazer coisas. Não, não é licença de dona de casa, nem licença de bricolage, nem licença de feminismo.É licença para ser mãe. Por isso, às vezes, não tenho tempo para tomar banho, para me vestir ou para comer, mas, mesmo suja, em pijama e esfomeada, estou feliz com o meu rebento ao colo.

Portanto, desculpem lá não aparecer por aqui com tanta frequência nos próximos dias: estou ocupada a amar!

 

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Gravidamente XXV

por Ni, em 01.11.09

 Na quinta-feira, dia 29, lá fui, eu e a minha barriga, à consulta com a minha GO. Faço um CTG e, às tantas, ela vai lá "visitar-me" e dizer-me que está muito admirada por eu ainda ali andar de barriga.

Depois do CTG (com contracções, sim senhora), ela faz-me o toque e pergunta: "quer ter o bebé hoje ou amanhã?". Espanto-me e ela diz: "tem dois dedos de dilatação e o colo baixo, nasce hoje ou amanhã. "

- Ah é?

- Sim, se estivéssemos num hospital, em três ou quatro horas eu despachava-a. Assim, vá para casa e fique com tudo à mão para ir para maternidade, porque de amanhã não passa...

 

Lá saio eu, telefono ao Bi e ele, claro!, vem a correr para casa e deixa as aulas. Eu vou dizendo que tenho um mau-estar na barriga, uma espécie de pré-dores de período, como aconteceu com a Pompinhas, mas dores fortes, nada! Telefono também à Di, porque ela queria que eu lhe desse notícias, mas, para evitar um segundo falso alarme, disse-lhe que não era preciso vir.

 

À noite aparece a Di com a minha mãe. Não querem perder pitada, mas eu continuo confortavelmente instalada no meu sofá. Se estiver deitada, não se passa nada. Se me levanto, dói-me a barriga.

 

Durmo optimamente, mas no banho sai um muco ensanguentado, e, depois de uma manhã bastante dorida e com bastantes contracções, lá vamos à tarde à maternidade saber se tinha havido evolução. Depois de duas horas de espera , comento com o Bi que estou a sentir-me cada vez melhor e as contracções parecem estar a desaparecer(???).

O médico que está de serviço faz-me mais um toque: "tudo muito atrasado!" (???), mas vou fazer um CTG: nada de contracções (???).

O médico, espectacular, lá me explica tudo com muita paciência. Estou numa fase de pré-parto, em que todo o corpo se está a preparar. As dores são da pressão que a cabeça do Róquinhas faz, o muco é resultado do toque, as contracções são de preparação e uma maneira de as distinguir é deitar-me de lado (se me deito de lado e desaparecem é porque não são AS contracções).

Vá para casa e volte cá daqui a uma semana!

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Gravidamente XXIV

por Ni, em 26.10.09

 Confesso: estou obcecada com o nascimento do Róquinhas. Angustiada, preocupada, ansiosa. Talvez este estado seja normal, chegadas as 38 semanas de gravidez, mas, como da Pompinhas não passei por isto, estou a sentir-me paranóica. Por isso, tomei uma decisão: Não vou querer saber mais nada sobre partos, normais e induzidos e apressados e fáceis e difíceis, e maternidades e hospitais, e pesos e tamanhos dos bebés, e contracções e rolhão mucoso e rompimento das águas... NÃO QUERO SABER! Vou tentar recuperar as minhas teorias de "o meu corpo e o meu bebé é que sabem" e  tentar viver estes últimos dias para lá desta ansiedade.

Nesta caminhada da gravidez, quero chegar a o outro lado da montanha, mas vou ter que voltar atrás. Este não era o caminho certo. A partir de agora, vou procurar um trajecto mais conciliador comigo e com os meus amores.

 

É QUE EU QUERO-TE TANTO

NÃO SABERIA NÃO TE TER

É QUE EU QUERO-TE TANTO

É SEMPRE MAIS DO QUE EU TE SEI DIZER

MIL VEZES MAIS DO QUE EU TE SEI DIZER, MIL VEZES MAIS DO QUE EU TE SEI DIZER

 

Vou ouvir música com o meu bebé! 

 

 

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