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Aflige-me a escola sem os meus alunos. Aflige-me o silêncio dos passos quase solitários nas escadarias da entrada, aflige-me a ausência dos olhares que se escapam dos grupinhos à porta do bar, aflige-me a falta dos sorrisos que se perdem no vento, afligem-me as paredes despidas de beijos roubados às escondidas, aflige-me a sala deserta, e o quadro vazio, e os corredores mortos.
E sei que depois do primeiro toque nada voltará a ser como antes, e que mil vezes, e mais mil, desejarei o instante de silêncio que hoje me aflige. Ainda assim, quero o coração a palpitar e os olhos a brilhar do toque da campainha. Quero o cheiro dos livros novos e o brilho das mochilas ainda sem riscos, ainda sem corações, ainda sem palavras de amor e de desamor. Quero os olhos ávidos de vida dos alunos que hão de ser meus.
...aqui, deste lado da montanha.
Diz Carlos Drummond de Andrade na sua "Receita de Ano Novo"
"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente."
Então vamos lá experimentar, fazer por merecer um ano novo. Temos 365 dias para mudar o que está errado.
Primeiro, estabelecer um plano de intervenção. Pensar, pensar, pensar. Que tal metas? objetivos diários? fazer o ano novo todos os dias, um dia de cada vez parece um bom plano de ação.
portanto...
dia 1: selecionar, definitivamente, as fotos anuais para imprimir.
...aqui, deste lado da montanha.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo