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Ainda a propósito do tempo e do que fazemos com ele, ontem foi dia de Key for Schools.
E, antes que se aventurem a pensar o contrário, gosto de ser professora. Gosto de ensinar. Gosto de dar aulas. Gosto da escola.
Ontem foi o dia de Key for Schools. Disseram-nos que tínhamos de reunir. Reunimos duas horas para conhecer procedimentos, que, na maioria, não entendíamos porque despropositados. Disseram-nos que não podíamos dar aulas, porque as salas eram precisas. Não demos aulas. Os alunos que não faziam o KFS foram enviados para casa. Disseram-nos que tínhamos de vigiar os alunos e fazer exclusivamente o que estava descrito nos procedimentos. Vigiámos os alunos e fizemos o que estava descrito nos procedimentos: 30 professores.
Dizem-nos que os alunos vão ficar a ganhar com o certificado. Os alunos pagam 25 euros pelo certificado. Dizem que os professores ganham formação de Inglês com o KFS. Só os professores corretores ( de Inglês) vão receber formação. Para corrigir as provas!
Expliquem-me lá, como se fosse pequenina, para ver se não me sinto tão ovelhinha assim, a ser conduzida para um penhasco cheio de pedragulhos: o que é que o Ministério da Educação ganha com isto? o que é que a educação dos meus meninos ganha com isto? Se as horas em que estive a trabalhar são pagas pelo Ministério da Educação, logo, por mim e pelos pais dos meus alunos, por que é que eles têm de pagar ainda mais pelos certificados? Ou será que o meu trabalho foi um "empréstimo" ao Cambridge English Language Assessment?
Dúvidas, dúvidas. Ninguém me esclarece. E lá continuamos, pelos dias, cada vez mais ovelhinhas, mas agora, se tudo correu bem, com certificado!
...aqui, deste lado da montanha.