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Toda a gente já leu O Principezinho, ou, no limite, já toda a gente ouviu excertos, frases, partes d' O Principezinho. Eu gosto do livro. Já o li. Já o reli. Costumo oferecê-lo a pessoas de quem gosto muito, muito. É um livro para crianças, simples, mas com muitos segundos sentidos, para adultos.
E podia ficar por aqui, e este seria o post perfeito. Mas, e utilizando também uma frase do livro, "Infelizmente, eu não sei ver ovelhas através de caixas" e, depois de leituras e releituras em aula (O Principezinho faz parte do programa de Português), começo a descobrir um outro sentido nas palavras que, durante muito tempo, li ingenuamente.
Afinal, todos somos um pouco reis, que tentamos reinar ainda que no nosso microrreino de nós; bêbados, que procuramos prazer naquilo que nos faz esquecer que não temos prazer; geógrafos, que conhecemos os lugares dos livros; homens de negócios, que vivemos às voltas com as contas; vaidosos, que nos autoadmiramos; acendedores de candeeiros, a viver em função de tarefas com horas marcadas.
Somos aviadores desistentes dos sonhos de ser artistas.
Afinal, o tempo que dedicas à tua rosa pode não a tornar tão especial assim.
Afinal, o essencial não é só invisível aos olhos. Afinal, o essencial vê-se.