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Ao longo destes 20 anos (credo!) com o homem da casa, em que apenas nos comprometemos a estar juntos até que um de nós deixe de ser feliz, sempre tendi para a ciumeira das mulheres que não conheço, mais do que das que conheço bem.
Não deveria ser assim, bem o sei, racionalmente; mas conhecer os pontos fracos da outra, sabê-la cheia de celulite e defeitos de feitio, tão perversos ou piores do que os meus, sempre me deu uma espécie de conforto a possibilitar o contra-ataque. Por isso prefiro as que conheço às estranhas, que me deixam na incerteza de saber com que armas me hei de bater.
Mas, a pior, a pior, a mais terrível e assustadora é a rival virtual. Essa é imbatível.
Está sempre linda e maravilhosa - não há mulheres feias na internet, veja-se como referência os perfis do facebook.
É inteligente, porque o plágio é fácil demais, e a inteligência está ali mesmo à mão de um outro separador.
Desliga-se (só a palavra já deixa qualquer homem excitado) quando aborrece - ah! desculpa lá, mas estou a ficar sem bateria, ou, agora tenho de ir ali salvar uma velhinha e volto já.
Está lá quando é precisa, por mais inconveniente que seja a hora, por mais despropositado que seja o local.
E, melhor do que tudo, o nocaute de qualquer tentativa vã de a suplantarmos, não tem mau hálito...
...aqui, deste lado da montanha.