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Desde os primeiros dias nesta minha terrinha, lamentei a inexistência de um espaço verde, amplo, para passear, brincar com os miúdos, sentar a ler um livro. Havia realmente por cá um espetro deste espaço, mas entrando nele, a verdade era tão cruelmente diferente do imaginado: os baloiços partidos, o escorrega cheio de ferrugem, o chão de areia suja de excrementos de animais, a relva dominada pelas ervas, os canaviais a esconder retiros de toxicodependentes, os caminhos invadidos pelas garrafas abandonadas e pelos preservativos usados, dois ou três patos num lago imundo. Um ambiente deprimente, que chegava a ser assustador a certas horas do dia. Afastei-me, apontei o dedo, e procurei outros locais, mais afastados de casa, mas mais agradáveis.
Hoje quis jogar à bola com os meus filhos. Fui até lá, não sei bem por que razão. Fui. E ainda bem. O parque está lindo. Trocaram todos os materiais do parque infantil, puseram um chão decente, aplicaram algumas máquinas de fitness, cortaram as ervas e as canas, pintaram o que precisava de ser pintado. Uma maravilha. Jogámos à bola, corremos, brincámos, atirámos pão aos patos (que são muitos mais que três) e, principalmente, senti-me bem ali. Quis voltar. É tão bom ir a um sítio e querer voltar.
Soube mais tarde, pelo "diz que diz que", que houve uma fiscalização, "diz que"da ASAE, e que houve uma multa bem pesada e que alguém resolveu pôr mãos à obra. Apetece dizer "ainda bem que há ASAE"!
...aqui, deste lado da montanha.