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Desde que me lembro de ser gente que o ano começa em setembro. Mesmo ainda em pequena, amava estes dias de cheiro a livros novos, de encadernações que tinham de durar todo o ano, de experimentar novas formas de escrever o meu nome, para chamar minhas às coisas novas. Era por estes dias de setembro que, chegada a casa, lia, ansiosamente, todos os livros novos, enquanto a minha mãe chamava por mim para terminar uma qualquer tarefa da casa.
Mais tarde, setembro continuou a significar um ano novo, mas agora era já um mês apressado, de saber hoje à noite onde teria de ir viver amanhã. Terrível. Dias de ansiedade, mas, ainda, a representar um novo ano, novas terras, novas casas, novas pessoas, eventualmente, novos amigos, novos alunos, novas culturas, novas vidas.
Agora, setembro continua a trazer o início do ano, com as promessas de que a partir de hoje é que vai ser, os meus meninos regressam à escola, e compramos cadernos e bibes, e fazemos limpezas de verão, e, este ano é que vai ser, cuidado com a alimentação, ginástica a sério, casa sempre arrumadinha, roupa passada, os livros organizados, poupar algum dinheiro... É, este ano é que vai ser.
Pelo menos, até amanhã.
...aqui, deste lado da montanha!