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Os meus dois, vá lá três, leitores sabem que eu não acredito em anjinhos nem em bruxinhas. Acredito que todas as pessoas têm um lado bom e um lado mau e, mesmo aquelas onde o lado mau é predominante (algumas só têm mesmo o lado esquerdo da unha do dedo mindinho bom), mesmo essas, por vezes, não são más intencionalmente. São más porque a vida a isso as obrigou, porque o feitio a isso as obrigou, porque nasceram más, porque querem ser mais do que as menos más... Por vezes, até, é uma questão de ponto de vista. Na verdade, nem gosto muito de gente boazinha. O que raio é isso? Gente tacanha e mole, incapaz de fazer frente a uma aragem.
Vem este discurso, cheio de verdades de la Palisse, a propósito de esta minha maneira de ser, total, completa e irremediavelmente, desconfiada. Sou desconfiada de toda a gente. Aliás, a par da teoria "não há pessoas completamente boas, não há pessoas completamente más", vem a teoria "ninguém é quem parece ser". No entanto, o que é surpreendente é que, cruzando as duas teorias, isto pode resultar numa boa surpresa e, no final, até vimos a verificar que o tal lado esquerdo da unha do dedo mindinho que julgávamos ser o lado bom é o lado mau, e o resto é o lado bom, mas está tudo camuflado com verniz.
Na Prova Oral de um destes dias, o Fernando Alvim dizia que detestava a internet e as redes sociais porque tudo era trabalhado com o fotoshop. Eu concordo inteiramente com ele. Toda a gente aparece nas suas melhores fotos, a dizer as melhores frases (quase sempre de outros), toda a gente é muito culta, muito esperta, muito linda!Mas esta é uma realidade com a qual lido bem e para a qual estou preparada; não lido bem, ainda, é com o facto de as pessoas usarem fotoshop na vida real.
...aqui, deste lado da montanha.