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Imaginem um miúdo de 5º ano, extremamente magro, magro demais, com a cara marcada, as costas marcadas, sem conseguir mexer um braço. Imaginem que o aluno chora convulsivamente e treme de forma incontrolável, porque lhe tinham dado socos, lhe tinham batido com um chinelo e lhe tinham torcido o braço atrás das costas, ameaçando apenas parar quando ele tivesse o braço partido. Imaginem que o aluno chora desesperadamente enquanto responde, entre soluços nos lábios e terror nos olhos: "foi o meu pai".
E desde então uma sombra enche-me o peito e teima em não sair e eu sinto-me inútil, incapaz, culpada. Não somos todos culpados?
...aqui, deste lado da montanha.