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Terminei há pouco o muito falado (vendido? lido?) livro Comer, Orar, Amar. Tem ideias pouco originais numa estrutura de livro de auto-ajuda, claramente bem classificado,original. Para além do teor acessível, é auto-biográfico e isso, só por si, já soma pontos, porque todos temos interesse em saber um bocadinho da vida dos outros, ainda mais se se trata de uma gaja, mais ou menos com a nossa idade...
Enfim, numa altura em que, a avaliar pelos últimos posts, até precisaria uma pouco de fomentar a minha auto-estima, dou comigo a saltar parágrafos inteiros nas páginas finais, ansiosa por terminar, não com a ânsia que aperta o peito e te faz querer chegar ao fim de um livro, mas apenas para começar rapidamente outro. Resumidamente, sendo que nisto dos livros, se se podem resumir algo está errado, uma mulher, trintona, a mãos com uma crise pessoal, familiar e social decide partir mundo fora para "lavar a alma" (comer, orar, amar).
Também eu, sem partir, o que implica um esforço muito superior ao da protagonista, travo uma luta diária para comer uma refeição completa, para orar pela saúde de todos cá em casa, para ter um tempinho para amar.
Se acham difícil abandonar tudo e todos, partir sozinha, durante um ano, para países tão pouco interessantes como Itália, Índia e Indonésia, deviam tentar ter filhos, ter uma profissão, ter uma casa e um grande amor para cuidar. Aí, sim, é preciso uma grande livro de auto-ajuda...
...aqui, deste lado da montanha.