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Fui ao estádio. Nunca tinha ido a um estádio. A uma campo de futebol, sim, de areia, com as linhas mal definidas por uma cal jogada ao chão, com o público ali a um braço esticado dos jogadores.
Ao entrar nas galerias, há uma sensação estranha de curiosidade, ouve-se ao longe o barulho abafado da multidão e tentamos imaginar o que está para lá das portas. Mas nada nos prepara para o calor humano, o barulho festivo, a vibração que nos atinge, que invade todos os nossos poros, assim que ultrapassamos a última barreira de acesso às bancadas.
Antes dos jogadores entrarem em campo, há preliminares e sente-se a excitação crescente no público. Há ânsia, há vontade, há euforia e quando, finalmente, há movimento no túnel, a multidão, exaltada, grita, levanta-se, bate palmas.
A música rebenta e eleva-nos a um estado em que ora surgimos enquanto espectadores, ora nos sentimos como agentes do espectáculo. A turba está grandiosa, magnífica e os U2 satisfazem todas as expectativas. Bono é o "caixeiro viajante que anda pelo mundo a vender cantigas".
Adorei.
...aqui, deste lado da montanha.