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O outro lado de Maternal mente:
Olho para os meus filhos e vejo-os como fruto deste amor entre mim e o meu marido. São uma passagem, de um eu mais um tu, a um nós. Aquilo que sinto por eles é imensurável e, desculpem-me aqueles que não são pais, é preciso viver-se este amor para saber do que estou a falar.
É verdade que, quase diariamente, há uma luta entre a mãe e a mulher que existem em mim, por vezes, ganha a mãe, outras, ganha a mulher, e, nos melhores dias, as duas co-habitam em simpática harmonia. Com os meus filhos perdi muita coisa, adiei outras, mas ganhei muitas, muitas outras que nem sabia que existiam.
Se eu acho fácil ser mãe? Não! Se, por um breve nano-segundo, estou arrependida de ter filhos? Não! Nunca, nunca, NUNCA! Amo ter filhos. Adoro viver este amor a quatro. Adoro a minha filha a cantar (gritar) canções inventadas, durante as nossas viagens infindáveis, adoro o meu marido a ameaçar parar o carro para pôr a malta na linha, adoro o meu bébucho a resmungar porque precisa de mudar a fralda, adoro a minha cabeça prestes a estoirar com tanta confusão.
E, se adoro isto, imaginem o que sinto quando a minha filha me diz "és a mamã mais linda do mundo", quando ela me diz "mamã, despacha-te, que eu tenho de ir ajudar o papá a apanhar as pedras do jardim e lavar a minha bicicleta" ou quando o meu marido decide praticar "parkour" e ela vem fazer queixinhas e mostrar como ele fez, ou quando o meu bébucho abre aquela boca linda num sorriso com gargalhadas... Imaginem...
...aqui, deste lado da montanha.