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E, de repente, chegamos ao fim do dia e lembramo-nos que ainda não tivemos tempo para um banho. E lembramo-nos que temos tomado banho sem tempo para banho, dia atrás de dia, mês atrás de mês. E lembramo-nos dos banhos com tempo para banhos, com tempo para a água quente, com tempo para as toalhas, com tempo para o cabelo, com tempo para os cremes, com tempo para olhar para o espelho e nos reconhecermos no reflexo.
E corro para o duche. Bebé na espreguiçadeira. Tiro a roupa. Consolo o bebé que chora. Passo-me por água. O bebé chora. Champô. A pequena bate à porta. Gel duche. A filha grita que quer entrar. Amaciador. O bebé chora. Saio do duche e abro a porta. Volto para o duche. Tiro o amaciador. Ela insiste em se meter com o bebé. Ele chora. Esqueci-me da toalha. Pego o bebé ao colo. Enrolo uma toalha. Ela quer brincar comigo. Ele cala-se. Visto fato de treino e sinto, ainda, água nas pernas, nas costas. Esqueço os cabelos. Amamento o bebé e, com uma mão livre, brinco com a pequena.
Dias de banhos sem tempo para banhos.
...aqui, deste lado da montanha.