Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Uma das coisas que mais me surpreendeu, quando tive a minha princesa, foi o facto da amamentação não ser o processo natural e instintivo que eu sempre imaginara. Afinal, amamentar não era aquele acto simples e fácil que eu sempre vira nos animais lá em casa. É claro que, na altura, havia a desculpa da Pompinhas ter nascido antes do tempo e, por isso, não saber mamar. Todas as vezes eram uma primeira vez, uma aprendizagem, para ela... e para mim.
Se nessa primeira experiência de maternidade, e amamentação, passei por tudo aquilo que é doloroso (mamilos doridos, gretados, peitos ingurgitados, até chegar à mastite), desta vez achei que a experiência me haveria de valer.
E tem valido.
Mas, na realidade, a amamentação não é isenta de dor. Por mais esforços que façamos, acabamos sempre por, num dia ou outro, termos o peito dorido, os mamilos gretados, o peito cheio.
E a primeira semana de amamentação é dor e sofrimento. Quem quiser vencer as dores destas primeiras mamadas tem de imaginar o que será levantar-se todas as noites para preparar os biberões, lavar e desinfectá-los, os custos monetários,... enfim, pensar em tudo o que é negativo na amamentação artificial.
E, principalmente, tem que se imaginar aquele sorriso mágico que, por volta dos dois meses, o nosso bebé nos dá, enquanto estamos a amamentar e que nos deixa com o peito cheio... de uma alegria indescritível.
É como se fôssemos explodir. Meu Deus, o que é isto? É só a serotonina a fazer efeito? Ou será amor, amor, amor?
PS: Embora considere a amamentação algo muito, muito positivo, deixo aqui as palavras de uma enfermeira da maternidade que muito me ajudaram, quando estava mais desesperada:
"Tive três filhos e não amamentei nenhum. Ai de quem se atreva a dizer que amo menos os meus filhos por isso!!"
A amamentação não traz o amor. O amor é que pode trazer a amamentação...
...aqui, deste lado da montanha.