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E, quando chegada a casa, tomados os lanches, acabados os trabalhos de casa, a tua filha vai para o quarto dançar e o teu filho vai para o quarto brincar às histórias com os carrinhos e heróis imaginários, só podes sentir-te imensamente orgulhosa por vê-los crescer sem estarem completamente dependentes da televisão, ou de ecrãs de qualquer tipo que lhes fritam os cérebros e os transformam numa espécie de zombies formatados pelos "Grandes Irmãos".
Nenhum programa de televisão, nenhum jogo informático, por mais educativo que seja, será alguma vez tão bom como a própria imaginação!
Agora, desculpem lá!, vou ali dançar um bocadinho com a miúda e criar uns caminhos secretos na floresta inventada do miúdo...
...aqui, deste lado da montanha.
Ser mãe é esta angústia duvidosa de chegar a casa, depois do futebol do miúdo, da piscina da miúda e constatar que se, como sempre, os queres deitar à mesma hora saudável, tens meia hora para fazer um jantar. É aí que pensas como é fácil sucumbir às batatas fritas, aos ovos estrelados, e à ausência de legumes que tens para escolher, descascar, preparar.
Depois, pensas outra vez e só te vem à ideia este vídeo . Dás por ti a ver os teus filhos a rebolar ladeira abaixo, quando saíssem ao jardim, ou a boiar de cabeça para baixo na próxima aula de natação, e lá fazes uns ovos mexidos, numa colher de azeite, com cogumelos, courgette e cebola; cozes um esparguete (10m) e preparas uma cenoura ralada. Eles adoraram! Disse-lhes que era esparguete quase à bolonhesa e eles riram... e eu também!
...aqui, deste lado da montanha.
Não, não vejo os óscares. Admiro que tem tempo, paixão?, para ver os óscares e ser o primeirinho a saber tudo sobre o melhor da incrível arte do cinema. Eu não vejo os óscares. Mas revejo os óscares. Pelas palavras dos outros.
Adoro andar a saltitar de blog em blog à procura das opiniões que se dividem, se cruzam, se repetem. Os mais bem vestidos, os mais merecidos, os melhores discursos, os piores, as gafes... Adoro!
...aqui, deste lado da montanha.
É o hoje o dia em que passamos a pagar os sacos de plástico no supermercado, por ordem do governo, entenda-se, porque todos sabemos que já os pagávamos, ainda que não aparecesse o preço na fatura...
Gosto desta iniciativa. Já se sabe que a nossa vontade de sermos ecológicos e pouparmos o planeta só estica até aos limites do que o nosso comodismo nos impõe e, ainda que faça a triagem do lixo, com direito a cantinho ecológico cá em casa e tudo, ainda que tenha adotado a garrafa ecológica em detrimento das de plástico, ainda que me esforce por ensinar os meus filhos a poupar água, ainda que já tenha comprado uns dez sacos de fibra, estes ficavam sempre esquecidos na mala do carro e quando chegava a hora de pegar as compras o comodismo impunha-se e lá vinham mais uns quantos sacos de plástico.
Mas a semana passada, decidi-me. Criei enfim o hábito: arrumo as compras; arrumo o saco na mala... Fácil, fácil! Já não há esquecimentos.
E os sacos até são giros! E combinam comigo.
Por outro lado, sete cêntimos (preço de um saco de plástico no supermercado) vezes muitas vezes é muito dinheiro para um orçamento tão parco. Tal, como os sacos de plástico , afinal: sete sacos de plástico vezes muitas vezes é muito plástico para um planeta tão pequeno!
Lembro-me sempre de um episódio do CSI em que se investigava um roubo de 3 cêntimos... em 80 milhões de contas...
...aqui, deste lado da montanha.
Já não é a primeira vez que o meu amor grande me incentiva a correr.
Mas desta vez foi mais a sério, porque o incentivo veio em jeito de desafio-provocação. E, desconfio que ele saiba disto, eu não resisto a um desafio.
Digo-lhe eu: vou recomeçar a correr!
Ele: Sim, sim... Daqui a um ano estás a correr a maratona!...
Eu: Porquê?Achas que não consigo?
Ele: Não! Não tens hipótese!
Assim. A seco! Ultrapassada a vontade de o esganar e de "correr com ele" dali para fora, dei comigo a pensar que sim, haveria de levar os meus pés adiante e fazê-lo mudar de opinião.
Comecei pelas leituras: alguns blogs informados, alguns planos de treino para principiantes e muitas dicas que vou seguir à risca.
Gostei particularmente deste blog, a começar pelo nome, Corre como uma menina , principalmente dos primeiros posts, onde há pistas para iniciantes; também espreitei A minha corrida, com boas dicas; o Run Portugal, com calendarização de provas por cá; o Runbook de um gajo que mudou de vida, no menu começar a correr... Enfim, há imensos... E revistas da especialidade, cá por casa, também há! A vantagem de revistas de desporto é que estão sempre atualizadas.
Depois, foi só passar à lista de verificação:
Ténis adequados - já existiam;
Equipamento para o frio (que a temperatuira convida mais à lareira do que a estas aventuras...) - comprado (bem baratinho, porque há sempre o risco de ficar para ali atirado para uma gaveta, passadas as duas primeiras corridas);
Cardiofrequencímetro (com pilhas!!) - feito!
Consulta no médico para check-up, com eletrocardiograma, raio-x e análises - sim, sim, sou toda "mariquinhas", mas eu quero é correr para viver e não para morrer ao fim de dois metros; se é para fazer, faz-se bem - check!
Música, ritmos e personnal trainer - Autoplayer da yupiirun desempoeirado e com bateria!
Objetivo: Maratona 2016!
Lema: se deres o teu melhor é suficiente para seres o melhor!! (Vanessa Fernandes)
...aqui, deste lado da montanha.
Tenho saudades tuas.
Se, por acaso, encontrares os meus olhos presos aos teus, quando nos cruzarmos no corredor, antes de pegarmos as chaves para sair, ou pressentires o toque das minhas mãos nos teus braços, enquanto levamos os nossos filhos à escola, ou adivinhares o calor dos meus lábios na tua pele, assim que acabarmos de levantar a mesa, saberás que tenho saudades tuas.
Não porque tenha dúvidas, mas porque tenho certezas, e estou, outra vez, apaixonada por ti; não porque haja rotina, mas porque os dias são irrepetíveis, e, contigo, são tão mais bons; não porque namoremos pouco, mas porque continuamos, ainda, a namorar tanto, e eu gosto...
... aqui, deste lado da montanha.
Sempre tive um fascínio pelo Carnaval, mas, entendam-me, não compreendia aquele que julgava o meu Carnaval , em que o frio aperta, a chuva cai e as gentes, loucas, parvas mesmo, diria eu, insistem em sair de nádegas arrepiadas ao vento e mamas espetadas pela geada, fazendo uma triste tentativa de sambar, como se o samba não fosse muito mais do que uma demonstração de carnes que se balançam. Enfim!... opiniões!
Depois, vim viver para perto de Torres Vedras e descobri... outros carnavais!
Desculpem-me os foliões da Bairrada, mas só se sabe o que é o Carnaval quando se vive o Carnaval em Torres Vedras. Esta gente é do Carnaval! E, se acaso julgam que o Carnaval são 3 dias... Ah! não são! São muitos mais. Nós, por cá, já respiramos Carnaval há algum tempo, e isso significa, não só que se fala de Carnaval, se prepara Carnaval, se ultima Carnaval, mas também significa que à noite há gente nas ruas a jogar o Carnaval, a brincar o Carnaval!
Sábado lá vamos nós sair para a folia!
Portanto, vou ali juntar uns trapinhos para virar outro alguém, e brincar ao faz de conta...
...aqui, deste lado da montanha.
Da próxima vez que eu estiver de retiro forçado, fechada em casa, durante uma semana, não me deixem ir ao cabeleireiro.
Ao fim de três dias já estava arrependida de ter cortado o cabelo e, uma semana depois, ainda não gosto de me ver me reconheço no espelho.
E como se isso não bastasse, não sei o que lhe hei de fazer. Todos os dias é mais ou menos isto...
...aqui, deste lado da montanha.
Gosto de cozinhar. Adoro preparar um jantar para os amigos, experimentar um sabor novo que ligue bem com aquelas pessoas, com aquelas conversas. Dupla delícia, duplo prazer! Também gosto de comer, e isso ajuda, decerto!
E porque aos quarenta decides que a vida são dois dias e um já passou, e acreditas que o tempo é mesmo aquilo que fazes com ele (e eu nem gosto de frases feitas!), vais buscar os teus filhos à escola assim que tens oportunidade, porque o toque de saída tem de ser o toque de saída (bem bastam as horas de reuniões em que eles ficam abandonados num canto da sala de professores, bem bastam as horas em que tens mesmo de escrever em frente ao computador, e corrigir, e planificar, e relatar...) e chegas a casa tão a tempo de tudo: dançar uma música com a miúda, fazer uma corrida de carrinhos com o miúdo, e preparar um belíssimo jantar, entre números romanos que se estudam para o teste.
Estou fã de programas de culinária(que vejo enquanto passo a ferro) e adoro as sugestões de comida caseira do Gordon Ramsey que vou adaptando para mim.
Hoje a ementa foi couve roxa salteada (como é que eu não conheci isto antes???), com espetadas ( ou pestadas, como diz o miúdo) de frango indianas, com arroz de passas (sobras da passagem de ano) e salada de tomate. Vejam por vós!
Vejam, sim, pois que provar é impossível, porque nada restou nos pratos, e isso, bem, isso é a melhor recompensa para quem está à frente de um fogão...
...aqui, deste lado da montanha.
Para lá do stress, frustração, angústia, cansaço implicados nas intermináveis viagens que fazemos ao fim de semana para visitarmos a família; um esforço que parece, aos olhos deles, mínimo e insignificante não comparável à hercúlea façanha de nos visitarem duas vezes por ano, para lá de tudo isso, e porque não vale a pena discutir o induscutível pois, por mais que nos prometamos diminuir a frequência das viagens, acabamos sempre por ver necessidades inultrapassáveis em cada fim de semana; para lá de tudo isso, há um outro lado que aproveitamos até ao tutano: namoramos!
Saímos a dois, o que só é possível por podermos deixar os miúdos com os avós, vamos a um bar, ouvimos umas músicas, conversamos (sem interrupções de dez em dez segundos), fazemos planos, traçamos objetivos, dançamos. Namoramos!
Regressamos a casa com a mesma ansiedade e alegria com que um bebé volta aos braços da mãe. E o nosso sofá, de molas partidas e manchado pelo bolor, assume contornos de poltrona chaise longue de Corbusier... mas, no outro lado, há instantes de cumplicidade que ninguém nos tira. É mais ou menos assim:
...aqui, deste lado da montanha.