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Profissão: professora

por Ni, em 27.01.15

Voltei à escola. Literalmente, entenda-se. Depois de uma semana de "quarentena", fechada em casa, com fugazes saídas para ir ao hospital e à farmácia, confesso que assim que cheguei à escola não corri para os meus alunos porque acho que eles iam ficar assustados. Mas não se livraram de uns abraços carregadinhos de saudades... logo de mim, que nem sou nada de abraços e sou toda "não me agarres que eu não gosto".

Será possível alguém gostar tanto assim de ser professora?

Logo hoje que as notícias sobre professores são, como já vem sendo hábito, desmoralizadoras, deixando a imagem pública dos que gostam de dar aulas (e são, ainda, tantos!) um bocadinho mais negra...

... aqui, deste lado da montanha.

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Miúdo (5 anos): Estou confuso! Não sei que profissão vou escolher: cozinheiro, artista ou cientista...

 

 

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Dieta do ano novo # 2

por Ni, em 26.01.15

Hoje, sim, é um dia bom para dar início à dieta do ano novo. Dieta não no sentido de deixar de comer ou que tem como objetivo emagrecer, isso chama-se regime, mas dieta que sigo fielmente durante o ano todo. Aquela proporcionalidade de prazer em comer e prazer em ver a minha figura no espelho. Sentir-me bem!

Pela manhã, uma aulinha de hidroginástica. D.E.L.I.C.I.O.S A! Vocês sabem que eu sou um pouco viciada em exercício físico, não é? Faz bem ao corpo, faz bem à alma!!

A seguir, tomar um bocadinho conta de mim. mimar-me, mimar-me. Arranjar as unhas, pintar o cabelo, mudar de penteado (Eh!Eh!) e, por fim, ser dona de casa. Só um bocadinho... o suficiente para pôr ordem na roupa e dar água às minhas flores.

Já vos contei aqui das minhas experiências com flores, e de como estou meses sem tratar-regar os meus catos e de como, por isso, sempre os preferi, mas estou prestes a render-me às minhas flores, pois que as danadinhas estão todas a espreitar e, assim sendo, tenho de me render aos seus encantos e... regá-las .

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 A acompanhar, um pequeno-almoço de chá com uma torrada com manteiga magra (que hoje houve piscina, portanto, nada de laticínios), uma sopa de feijão verde e uma salada  a acompanhar umas bifanas com legumes e arroz e uma laranja, ao almoço; e um pão de cereais com queijo fresco e um iogurte magro (não gosto dos outros...); mais logo, repete-se o almoço sem a sopa e com uma maçã.

As minhas colegas dizem muitas vezes que como muito e que não percebem como sou magra. Eu lembro-lhes sempre que, primeiro, não sou magra, depois, como muito, mas não como doces, bem... exceto ao fim de semana ou dias de festa. Ontem comi um petit gâteau com uma bola de gelado, talvez a melhor sobremesa do mundo... 

...aqui, deste lado da montanha.

 

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O outro lado das montras

por Ni, em 24.01.15

 

 

 

Não gosto de andar a ver montras. Não no sentido em que vais ver montras e até pode ser que compres alguma coisa. Não gosto. Aliás, detesto ir às compras (sim, sim, é a autista em mim) e, se me vejo obrigada a isso, porque as botas já têm buracos ou não entro dentro das calças, não perco tempo com montras. Olho para um manequim com o meu estilo e dê cá o meu número, se faz favor. Portanto, nada de montras.

Mas, ainda a propósito de fotografias, descobri que nutro um certo fetiche fotográfico por montras. Não lhes resisto, é mais forte do que eu, e isso lembrou-me que tenho de treinar fotografia através do vidro. Vejam estas, made in Barcelona:

No mercado La boqueria 

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Pelas ruas, a representar profissões e celebridades:

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E esta, originalíssima! Não, não são bolos... são toalhas de banho!IMG_7755.JPG

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Ainda há mais, mas já dá para terem uma ideia. É ou não um significado novo para a expressão "ver as montras"??

... aqui, deste lado da montanha.

 

 

 

 

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As palavras por detrás da imagem

por Ni, em 23.01.15

Tenho o vício da fotografia. Não aquela de exposição social, não aquela de ecrã, não aquela que amontoamos em discos e cd's, mas a fotografia de papel, a que se corrompe, a que sofre a passagem do tempo e, ainda assim, está lá à mão dez anos, vinte anos, cinquenta anos depois. 

Assim sendo, tenho este compromisso de todos os anos, nos primeiros dias do ano novo, imprimir umas quantas fotografias do ano que passou (este ano foram 700 ) e, como por estes dias, graças à gripe que se passeia cá por casa, não consigo mesmo fazer mais nada, lá vou organizando 2014, entre as medições de febres, os choros mimados e os colinhos que ora "quero tanto, tanto, tanto", ora "chega-te para lá, mãe, que me fazes calor"!

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Claro que este vício tem vindo a despertar uma outra paixão, a de fotografar: captar um momento, um instante, um lugar, uma pessoa, um sentimento. E não, não acredito que uma imagem vale por mil palavras, mas estas, tão minhas, tão minhas,não posso negar, escondem muitas palavras...

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 aqui, deste lado da montanha.

 

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"Habemus" gripe

por Ni, em 20.01.15

Eu andava desconfiada, andava, sim senhora, pelos meses (meses!!) sem que parasse por cá uma faltazinha de ar, uma febre descontrolada, uma pneumoniazinha...

Andava desconfiada, mas não divulgava, que "yo no creo en brujas pero que las hay, las hay", até que no sábado, depois da festa, chegou a febre. Chegou em força e foi-se arrastando até hoje, e hoje, porque, afinal, a falta de outros sintomas é mais inquietante do que umas ranhocas, umas tosses ou dores de garganta associadas à febre, hoje, como eu dizia-escrevia lá fui às urgências. 

É gripe e o miúdo tem de ficar em casa debaixo de olho, e termómetro , até sexta. Fico de rastos, como sempre. Ao fim de 9 anos de mãe, sei que se há uma coisa no mundo que me derruba é ter os meus filhos doentes. Por fora sou toda aço para os segurar nos braços, mas por dentro sou cristal do mais frágil...

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O mundo a acontecer amanhã

por Ni, em 19.01.15

É sempre assim. As coisas sucedem-se sem pausas. Eu com tanto para escrever e o tempo a fugir-me por entre os dedos. É amanhã. Prometo que é amanhã. Ah! Amanhã é que vai ser... 

Visitas de inspetores de avaliação externa, que obrigam a reuniões para entrevistas em paineis; visitas a orientadoras de mestrado, que obrigam a leituras apressadas e viagens inesperadas; visitas de familiares para festas de aniversários, que obrigam a colchões montados no chão, e multiplicação das roupas de cama como o milagre da multiplicação dos pães; visitas de febres teimosas, que obrigam a noites em branco e dias negros...

Portanto, prometo escrever amanhã, porque assim vai o mundo...

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Plano poupança

por Ni, em 13.01.15

Já tinha avisado. Os planos para 2015 só aparecerão a partir de meados do mês, mas há projetos ou, pelo menos, esboços de projetos.

Fizemos contas à vida. E as contas não batem certo. Não para mim. Não para nós. 

Depois de um ano em que gastámos tudo o que pudemos em viagens a hospitais e em visitas que não podíamos deixar de fazer, porque ensombradas pelo terror de serem as últimas, chegámos à conclusão que temos de parar. Temos de fazer uma pausa em portagens e em gasóleo, em almoços à pressa em estações de serviço ou restaurantes de beira da estrada.

Decisão para este ano: ir menos vezes a casa dos pais, dos sogros, da mana, da família grande.

 

Estamos cansados de não estarmos em casa, na nossa casa, Estamos cansados de fazermos mals, desfazermos malas, refazermos malas. Estamos cansados...

Em contrapartida, aceitamos visitas!

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Com papas e bolos...

por Ni, em 12.01.15

Não consigo precisar em que altura conquistei a fama de boa pasteleira, mas penso sempre que isso se deve  a uma conjugação de factos mais ou menos coincidentes: o facto de os meus filhos passarem a ser exigentes nos gostos, o facto de a maior parte das mulheres da minha vida não serem grandes ases no que diz respeito a bolos e sobremesas que vão para lá do junte tudo, mexa e leve ao forno, e que julgam que bater as claras em castelo é tarefa para ser executada num castelo, o facto de ter pago 40 euros pelo último bolo de aniversário que mandei fazer (há 5 anos atrás)...

Não sei se é a prática que me fez a fama, ou a fama que me aguça a vontade de fazer melhor, mas faço aos bolos e sobremesas para os aniversários com a mesma entrega e empenho que dedicaria a uma obra de arte.

 

Não sei nada de pastelaria,nem tenho curso ou workshops, mas gosto muito de comer, e isso, parecendo que não, deve ser importante .

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Este foi o que fiz o ano passado. Não deve ser muito diferente, o dos nove anos, mas já vai ter alguns requintes de uma princesa que se diz pré-adolescente e de uma mãe que se diz pasteleira-amadora...

 

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A receita é uma mistura de várias :

3 massas folhadas retangulares (3, caso se queira fazer o entrançado; 2 se se pretender um efeito liso; 1 se se quiser decorar o bolo por cima com massa de moldar, fondant...)

200g de açúcar;

6 ovos;

raspa e sumo de meio limão;

125g de farinha;

45g de farinha maizena;

1colher de chá de fermento em pó;

açúcar em pó q.b.

Creme pasteleiro: 

7,5 dl de leite;

3 ovos;

100g de açúcar,

60g de farinha;

casca de limão.

 

Levar as massas folhadas ao forno em tabuleiros separados a 200º até estarem douradas, retirar e reservar. (Se se pretende fazer o entrançado, temos de cortar uma das placas de massa folhada em tiras verticais e outra em tiras horizontais e, de seguida, fazer um entrançado, como uma teia - uma vez por cima, outra por baixo, uma por cima, outra por baixo...- antes de levar ao forno). 

Untar um tabuleiro retangular e polvilhar com farinha.

Separar as gemas das claras e bater estas últimas em castelo. Noutro recipiente bater o açúcar com as gemas, a raspa e o sumo de limão, acrescentar as farinhas, alternadas com as claras. Deitar no tabuleiro e levar ao forno 15/20 minutos.

Entretanto prepara-se o creme pasteleiro: mistura-se todos os ingredientes e leva-se num tacho ao lume, mexendo sempre para não queimar, até levantar fervura.

Montagem: dispor alternadamente uma camada de massa folhada, creme e bolo (que podemos partir no sentido longitudinal ou não), conforme a imaginação...

Ah! Por fim, pode-se polvilhar com açúcar em pó e decorar, ou não...

 

Coisas que eu fui aprendendo: Se se polvilhar a massa folhada com um pouco de açúcar mascadavado, ficamos com um bolo mais docinho; os ovos, já todos sabem, mas nunca é demais lembrar, devem sempre ser separados num recipiente à parte, antes de os juntar; e as farinhas devem ser peneiradas para não haver grumos. 

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E, de repente, tudo mudou

por Ni, em 12.01.15

A enfermeira colocou-a sobre a minha barriga. Senti-a molhada, quente, de cabelos negros ensanguentados, chorosa (talvez pela antecipação de um momento que só estava previsto para um mês mais tarde) e soube naquele segundo rápido, rápido demais, em que ela tocou a minha pele pela primeira vez que uma parte de mim seria dela para sempre. O meu coração. Há nove anos atrás.

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