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Há gentinha capaz de tudo. Até de acabar com uma boa imagem. Como eu já vos disse aqui, eu até estava a gostar do zmar, tirando o nome que é do pior que se podia ter pensado em publicidade. O conceito é giro, a defesa do meio ambiente é um bom princípio, a oferta em termos de atividades é variada, o privilégio de coisas para fazer em família é excelente, e tudo estava a correr bem...
Depois, comecei a ver as pessoas que por lá se passeiam. Estranhei, assim que cheguei à piscina, ver gente carregada de sacos de ikea e intermarché, com as supostas roupas... é, isso foi estranho! Mas nada me preparou para o que eu encontrei a seguir: a febre do fato de treino.
Era vê-los a aconchegar barrigas bem salientes, a apertar rabos três ou quatro tamanhos acima dos para eles recomendados, a segurar banhas atrevidas, a mostrar muito mais do que aquilo que os meus olhos mereciam ver.
Os meus dois, vá lá três, leitores sabem que eu até sou adepta do exercício físico e fatos de treino são coisas que se associam ao exercício, daí chamarem-se fatos de TREINO, mas naquela gente, socorro!!Pensava-se em tudo, menos em treino...
Acusem-me de preconceituosa, fútil, dondoca. Quero lá saber!Fato de treino já é suficientemente mau como fato de TREINO, mas como roupa casual... Tirem-me deste filme...
...aqui, deste lado da montanha.
Chegámos do fim de semana de fuga à correria de casa em casa para "beijar o senhor" em casa de familiares, amigos e conhecidos.
E podia não ter valido nada a escapadela de descanso com os miúdos, mas só por este não ter de andar de casa em casa soube tão bem que nem a chuva podia estragar este prazer.
Depois de alguma pesquisa, levada pela palavra família, fui cair numa coisa chamada Zmar eco campo resort e spa. Um conceito bastante apetecível para quem tem filhos, cansadinhos de estar fechados em casa. É eco, sim senhor; é campo, a perder de vista; é resort, ainda que de campismo, mas spa não é, uma vez que tem de se pagar um extra para poder usufruir do dito circuito spa.
Os miúdos perderam-se pela piscina interior de ondas; as atividades para fazer ao ar livre são inúmeras, desde parque infantil com mil e um aparelhos, cabanas, escadas, cordas, escorregas, baloiços, slides, tudo, tudo, para todas as idades. Depois havia ainda, mediante pagamento, aluguer de bicicletas (para nós os 4, ficava em 24€), circuitos de vários desportos ao ar livre, e animais para ver e coisas para fazer, mas a chuva não ajudou. Valeu-nos o dia de ontem, meio assim assim, para darmos umas voltas pelos campos.
Hoje ficou a certeza: da próxima vez levar galochas, levar secador de cabelo, levar capas para a chuva, levar chapéus, gorros e bonés, levar toalhas para a piscina, levar bicicletas.
Eu poderia tecer inúmeros comentários à entrevista do nosso ex. E escrever acerca do défice e de buracos, que pondo em causa o enigma do meio buraco e do buraco, se vão alargando, revelando-nos aquilo que parecia ser impossível. Poderia falar de desemprego e professores e crise, e crise.
Também poderia escrever que, juntando o folar das crianças, a prenda de Natal dos pais, e os cêntimos que poupei por não comprar roupa, nem sapatos, nem coisa alguma que se veja, juntando tudo, tudinho, lá vamos dois dias de mini-mini-miniférias. Poderia dizer que estou cheia de expetativas e que torço para não ter de vir embora a meio. Que me importa que chova, que troveje ou que tenhamos de ficar fechados dentro do quarto! Levo as cartas para jogarmos, e vou sair de casa. E ADORO!
Também poderia escrever que não somos loucos e estamos a juntar os cêntimos para os maus (piores) dias que se adivinham e que ficamos em casa a jogar às cartas à lareira, sem ninguém saber. E ADORO!
...aqui, deste lado da montanha.
Com o passar dos dias, há ideias que se vão tornando regras, opiniões que passam a leis: podes andar um mês a tentar criar um hábito nos teus filhos, mas basta que o quebres uma vez para que eles o esqueçam .
Fui hoje a uma formação/demonstração da Microsoft, acerca das potencialidades do Windows 8 na educação e, sim, sim, estou a babar-me por aquelas coisas todas: surface, office 365, windows 8, EDUC8, e quadros interativos, e mesas interativas... um mundo!
Há um milagre qualquer por detrás do avanço tecnológico a que assistimos diariamente, não é novidade, mas quando somos confrontados, cara a cara, com as possibilidades que o futuro nos oferece é FASCINANTE!Por momentos, julguei estar a viver numa outra dimensão.
E estive. Infelizmente as possibilidades que se nos oferecem são tão virtuais! Não temos escolas, nem alunos para que tudo possa isto possa vir a fazer parte da realidade. Os quadros são poucos, a maior parte das vezes estão avariados, ou as canetas, e os computadores são poucos e antigos; os alunos, bem, os alunos são uma ilusão. Todos acham que sabem tudo sobre internet, sobre computadores, mas o conhecimento que têm é como andar de bicicleta. Aprenderam a andar e pronto, fica por aí. Não sabem remendar um furo, não sabem como funcionam as mudanças, não sabem colocar a corrente no sítio... e muitos, quase todos, sabem tudo sobre facebook, não sabem nada sobre enviar uma fotografia num ficheiro; e muitos, quase todos, sabem tudo sobre escrever mensagens rápidas, não sabem nada sobre formatação de texto... Se precisam de o saber, não sei; mas que há um abismo entre os alunos que temos e os que imaginamos que temos, ainda que falemos de computadores, há!!
...aqui, deste lado da montanha.
O livros e outros demónios está de partida. Continuo com os meus livros, é certo, e os meus demónios aumentam a cada dia que passa, mas os meus amores vão apaziguando as suas fúrias. Há paixões tão certas, tão seguras que nos levam a escolher outros caminhos... em outro lado. Partimos e levamos connosco os demónios, que um blog sem demónios é triste, tristinho... insosso!
Enfim, aviso feito, este pode ser o último post que por aqui lêem, ou talvez não, que na internet tudo é tão verdadeiro como eu gostar de frio e ter prazer em sentir o vento gelado que corre na minha montanha.
À medida que os dias passam, vai sendo cada vez mais difícil manter a dieta. Almoços de Páscoa, folares para provar, jantaradas das férias... Ai, ai! O dia 5 da dieta da Ni não está fácil.
No entanto, o exercício tem sido prato diário. Desta vez limpei o pó da bicicleta:
Não sou muito de ir atrás do que os outros pensam acerca de alguém, para gostar ou deixar de gostar desse alguém. Não costumo aperceber-me do mau feitio de algumas pessoas, nem do bom feitio, enfim... sou distraída.
Agora isto, nunca me aconteceu. Uma pessoa, de quem gostei nem muito nem pouco, quando conheci, que toda a gente diz que não é assim tão boa pessoa e eu lá fui ficando alerta, porque ah! e tal, que ela é falsa, é falsa! e eu a continuar a gostar dela, nem muito nem pouco, é certo, mas a achar que é uma pessoa assim mais ou menos de quem eu gostaria à vontade, se todos á minha volta não achassem que ela não é pessoa de quem se goste.
E isto é estranho.
...aqui, deste lado da montanha.
Sabes que chegaste ao limite do tempo a que podes roubar tempo, quando a tua filha, "atirada" para um ATL, onde até se diverte bastante, diz ela, tem a seguinte conversa:
- Mas tu não vais estar de férias, mamã?
- Não. tenho muito trabalho, filha, mais até do que o costume...
- E tu, papá?
- Também não...
- Para que é que serve estar de férias, se ninguém fica em casa comigo?! Mais valia estar doente...
...aqui, deste lado da montanha.
Este post podia estar carregadinho de metáforas, a começar pelo título, que poderia ser qualquer coisa como o ataque dos papéis infernais, ou a infelicidade contagiosa das pessoas tristes, ou os dias cinzentos da escola, ou o outro lado de ser professor, ou qualquer outra coisa que deixasse os meus dois, vá lá três, leitores inquietos e a refletir sobre o tanto que tenho para dizer acerca de reuniões, no entanto, este post resume-se a isto: odeio reuniões.
...aqui, deste lado da montanha.