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Batina ou sofá

por Ni, em 23.11.10

Arranjem-me uma batina ou um sofá e um consultório, porque este meu pendor de muro de lamentações deixa-me um pouco desconcertada.

Até compreendo que as pessoas, quando estão a conhecer-se, como é o meu caso com toda a gente da escola, tenha necessidade de contar ( e eu de ouvir, claro!) os seus problemas e as suas vivências familiares, mas que se fique de lágrimas nos olhos e que entre dois desabafos me perguntem o nome é um pouco demais!

No final do almoço não sabia se me havia de rir ou se cobrava consulta.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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Dá lá uma ajudinha...

por Ni, em 23.11.10

Começar o mês no dia quatro, com reuniões e trabalho e mais trabalho, não ajudou. A mudança de horário não ajudou, mas isto já é demais.

Depois de dias de auto-motivação, e hetero, pela ajuda ajuda extra da minha arqui-inimiga balança, lá decidi voltar ao ginásio, depois de retiro físico para engorda e "alambusamento" de mais de três semanas.

Ontem, após análise detalhada do horário e análise ligeira e imediata das consequências corporais da minha ausência, decido que tenho de mexer e que o melhor é fazê-lo com horário, professor e actividade nova. No entanto, horário novo implica mudanças estratégicas nas rotinas caseiras: vou para o ginásio meia hora antes; pelo caminho, deixo a miúda na dança; o pai vai buscá-la e faz um pouco de dono-de-casa, até à hora do jantar.

Quase fácil, não fosse o Sr. Lá de Cima estar distraído e mandar, logo hoje, uma chuva e um frio daqueles que apetece ficar em casa, de preferência à lareira.

Vale-me a miúda que quer ir à dança e, como tenho de a levar, aproveito e sigo para o ginásio.

Quase fácil não fosse o Sr. Lá de Cima andar mesmo distraído, alô??, e a miúda afinal não ter dança e eu ter que a vir trazer a casa. Talvez não valha a pena voltar a sair. Está chuva. Está frio...

Vale-me o miúdo que começa aos gritos quando me vê chegar e me faz desejar uma horinha de folga de ser mãe. Vou para o ginásio.

Desta vez era quase fácil, não fosse o Sr. Lá de Cima andar distraído,  ESTÁ AÍ ALGUÉM?, e o professor ter torcido o pé...

 

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A caixinha mágica II

por Ni, em 19.11.10

As pessoas da internet são fantásticas: são cultas, inteligentes, divertidas e, dependendo do grau de conhecimento do fotoshop, são lindas. Fico sempre espantada com a facilidade com que as pessoas da internet se relacionam. Têm sempre uma palavra amiga na ponta da língua, digo, na ponta dos dedos e são-nos tão próximas. As pessoas da internet são tão fantásticas que me admiro de não conhecer pessoalmente nenhuma pessoa da internet.

 

É tão bom ser uma pessoa da internet que marido, num lado do sofá, e esposa, do outro lado do sofá, se mantém calados, cada um com tentando ser as suas pessoas da internet. Ele, tentando não ser descoberto, num qualquer chat, fórum ou rede social, ela, esforçando-se por o descobrir, num qualquer chat, fórum ou rede social. Depois, por acaso, um dia, "Olá, barbie550!" "Olá, Honda1100!" "Já reparaste que sou o dobro de ti?" "Ah! Pois, que engraçado:)" e a conversa entre as duas pontas do sofá pode, afinal, acontecer, porque cada um é quem quer ser e vê no outro quem quer ver.

 

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Nada de especial

por Ni, em 17.11.10

O meu menino anda adoentado. Nada de especial: tosses, espirros, expetoração, nariz entupido, mas, na verdade, uma nada de especial que consegue deixar-me desorientada.

Levanto-me de hora a hora porque ele não consegue respirar muito bem e chora. Às vezes, limpo-lhe o nariz com soro, e ele detesta e chora, outras vezes, limito-me a mudá-lo de posição. Um nada de especial que me interrompe constantemente o sono e me faz acordar rabugenta (mais ainda do que o normal), com pouca vontade de trabalhar e, à noite, quando, finalmente!, os despacho -  banho, jantar, pijamas, história - já só tenho ânimo para me atirar para cima do sofá e deixar-me adormecer.

A roupa parece invadir todos os cantos da casa e amontoa-se no estendal, nos cestos, na tábua de passar. Os objectos parecem ganhar vida própria e colocam-se na minha passagem, desleixados, atirados. Enfim, vamos sobrevivendo graças à solidariedade do papá que dorme um bocadinho melhor e nos faz o jantar.

Agora, vou ali atirar-me ao sofá e rezar para dormir mais do que uma hora seguida.

 

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Da vontade

por Ni, em 15.11.10

Da vontade imensurável de viajar, maior do que a possibilidade, surge o viagens e viajantes: uma tentativa de conjugação do verbo viajar. Não é uma partida de mochila às costas, solitária, antes a vivência de experiências a dois, por vezes a quatro, ou, eventualmente, em grupo!

 

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Profissão: professor

por Ni, em 12.11.10

Lamento os que não conseguem pronunciar com saudade o nome de um professor. Não compreendo como sabem ler, escrever, contar, conhecer o mundo.

Eu, pelo contrário, recordo os muitos bons professores que tive ao longo de tantos anos de aulas.

Também me ensinaram aqueles, 2 ou 3, que eram alvo de chacota da turma ou que representavam a oportunidade para tirar uma soneca ou escrever cartas tímidas a namorados mais ou menos imaginários. Porém, feitas as contas, o saldo é, de longe, mais positivo do que negativo. Ouço, ainda, as exigências de silêncio da professora primária (nesta altura ainda podia chamar-se assim, e isso era uma coisa boa), os ensinamentos de boa educação da professora de Matemática que, durante uma qualquer explicação - o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos - lá ia acrescentando - menino, não se fala com uma senhora de mãos nos bolsos, ou, então, a voz alegre do professor de latim que, a brincar, nos ensinava - nunca, jamais, em tempo algum, o verbo ser tem complemento directo - e tantos, tantos outros bons professores que tiveram a capacidade de me fazer viajar com as suas palavras e que me deram a conhecer outros mundos, que, de tão outros que eram, estavam cheios de magia.

Hoje trabalho com professores, assisto a aulas de professores, alguns são menos bons, mas muitos, muitos são bons. São professores que são educadores, que são mães, que são pais, que são amigos, e que... ensinam. Lamentos os que não vêem que há bons professores que, felizmente, não são perfeitos, porque são humanos, e a humanidade também se ensina!

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Saudades?!

por Ni, em 08.11.10

Há pouco o meu amor grande atirou-me da outra ponta do sofá "Então, o teu blog? Não escreves nada? Que falta de respeito pelos teus leitores." Ora, sabendo eu que os meus dois, vá lá três, leitores já devem ter percebido que anda difícil conciliar trabalho, família, casa e blogs, e que não devem estar, ainda, a morrer de saudades desconfio que o que ele queria dizer era qualquer coisa do género "Então, não contas a nossa viagem a dois? Não escreves o quanto gostaste de passear comigo pelas ruas de Lodres? Que falta de respeito pela minha vontade de ler o quanto eu gostei nas tuas palavras."

 

E assim foi. Fomos a Londres durante o fim-de-semana que prolongámos até terça-feira. Deixámos os miúdos - e apenas não morremos de saudades porque sabíamos que eles estavam muito, muito bem (e nós também, diga-se a verdade)- e fomos namorar. As minhas expetativas eram baixas e, quem sabe por causa disso, adorei Londres.

 

Como se vai a Londres em dias de crise? Não indo de férias em Agosto e com muitas horas extra. Mas sobre esta viagem há tanto para contar que não o posso fazer em meia dúzia de linhas, nem a desejar meia dúzia de horas de sono, por isso, correndo o risco de frustrar um pouco o maridinho, e de deixar os meus dois, vá lá três, leitores de água na boca, vou  dormir e depois volto para contar o outro lado da viagem.

 

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Amores

por Ni, em 04.11.10

Amei-te antes de existires, amei-te antes de te ver e, no momento em que senti o bater do teu coração junto ao meu peito, esse amor começou a aumentar e, hoje, é um amor sem conta nem medida.

 

Vêm-me à cabeça pedaços de versos que transformo para serem teus:

 

Amo-te, assim, perdidamente ...
És alma, e sangue, e vida em mim
E digo-o cantando a toda a gente!

 

E o mais espantoso é que se, hoje, escrevo para ti, porque te celebro, estas palavras não são isentas de um outro tu.

 

...aqui, deste lado da montanha.

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