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Pena suspensa liberta pedófilo
Que raio de país é este??!! Que raio de pessoas (?) são estas? Ah! que raiva! que nojo! fazer parte desta sociedade, onde supostos seres humanos violam (e atenção que não violam alegadamente, violam e ponto) crianças durante 3 anos, são libertados porque, coitaditos, estão arrependidos, e, como se tudo isso, só por si, não fosse já abominável, a família festeja euforicamente a sua libertação. Isto é possível???!!
Não, não tenho palavras!
Só dor num coração (ainda) humano.
...aqui, deste lado da montanha.
Procura-se jovem menina de trinta anos (quase, quase, trinta e um), dada a essas coisas da arte, com uns traços de designer, e cheia de ideias boas, para mudar a cara ao o outro lado da montanha. Dá-se prioridade a:
1. Filha dos meus pais
2. Licenciada em EVT
3. Frequência do primeiro ano de Design
4. Experiência profissional em trabalhos para amigos e familiares
Os interessados poderão deixar aqui os seus currículos.
PS: Sou só eu que me farto do aspecto visual do o outro lado da montanha?
...aqui, deste lado da montanha.
Não é uma questão de peso, é mais uma questão de...tamanho! O tamanho da barriga, o tamanho da celulite, o tamanho do peito (peito? qual peito?!!)... Sempre dividi bem o meu espaço corporal com os meus 59 quilos (pelo menos, desde há vinte anos), mas, hoje, eles insistem em distribuir-se de forma um pouco aleatória, e insatisfatória para mim. Emagrecer não é uma prioridade, porque posso sentir-me muito boazona com este peso (sim, sou um pouco convencida), mas que vou gritar a estes quilitos "Ponham-se no vosso lugar!!" e " Reduzam-se à vossa insignificância!!!", lá isso, vou:
Aeróbica: duas vezes por semana;
Água: dois litros, pelo menos, por dia;
Massagem contra celulite: uma vez por semana;
Creme contra celulite: uma vez por dia;
Ir a pé para a escola: três vezes por semana;
7,5 Km de corrida (ou sexo, todos sabem que é o mesmo gasto calórico...): sempre que conseguirmos adormecer os garotos, sem cairmos, também, para o lado...
...aqui, deste lado da montanha.
Antes que haja por aí vozes a levantar-se contra a minha (mal-entendida) falta de sensibilidade materna, vou já avisar que este post não é para reclamar de nada, nem para me queixar e nem, em última análise, estou minimamente deprimida. Este post é só porque é. É uma contestação inegável da realidade. Tenho um corpo de mulher-mãe.
Ah, sim, eu sei, estou óptima, e tal... blá-blá-blá... e já recuperei o meu peso... blá-blá-blá... e quem me dera e tal... MAS que me faz um pouco de impressão olhar para a minha figura no espelho, faz! Não digo que vestida ninguém nota, porque não nota, mas eu sei. Por outro lado, para além da fatal e natural concorrência-inveja-para-ser-a-melhor, onde ganho pontos vestida, convenhamos que o alvo final do esforço para estar gira, linda e maravilhosa (mais conhecido por marido) até me vê nua, logo...
Resta-me esperar que aquela treta psicológica do "como eu me vejo" e "como os outros me vêem" esteja a meu favor. Ah! Isso era bom!
Eu :
Os outros (mais especificamente, pelo menos enquanto não se vai até à praia, o meu gajo):
...aqui, deste lado da montanha.
As nossa vidas é, assim, feita de amores, de paixões e de ódios. Não sabemos explicar, mas as pessoas vão entrando nas nossas vidas e despertam-nos paixão, ou não, que se apaga ou que, por artes mágicas, se transforma em amor.
E há aquelas pessoas de quem gostamos desde o primeiro momento, e há aquelas de quem começamos a gostar ao décimo ou décimo primeiro momento, e há aquelas de quem gostaríamos de gostar - e esforçamo-nos por isso - mas não conseguimos, e há aquelas de quem gostaríamos de não gostar - porque nos ferem - mas insistem em não sair dos nossos corações, e há aquelas de quem não gostamos, apenas... E as nossas relações são, à semelhança das palavras dos jograis e trovadores, cantigas de amigo, cantigas de amor, cantigas de escárnio, cantigas de mal-dizer.
Post "porque me apetece escrever"
...aqui, deste lado da montanha.
Hoje vou acordar sozinha, ouvir a Diana Krall, tomar um banho de uma hora na banheira, tomar o pequeno-almoço à janela, em silêncio, vou pintar as unhas, vou ler um livro inteirinho, em silêncio, vou almoçar qualquer coisa, em silêncio, vou ao cinema, vou, outra vez, ao cinema, vou jantar a um restaurante chique, vou beber uma garrafa de vinho tinto alentejano, sozinha, vou ao teatro, vou a um bar "in", vou ver gente gira, vou conversar, sem falar de filhos, vou à discoteca, vou dançar até ser amanhã...
...aqui, deste lado da montanha.
Voltar à escola também foi sinónimo de voltar a sentir o aperto no coração de deixar o meu bebé na creche. Andava um pouco preocupada porque, ao contrário da irmã, não conseguia fazer com que ele comesse a sopa. Beber o leite, então, era impossível, fechava a boquinha e... nada!! Durante o almoço, tinha de fazer umas maldades (acho que as avós me devem ter chamado, em silêncio, bruxa má, insensível e coisas piores) e não lhe dava mesmo leite, nem que ele ficasse com fome (depois, antecipava o lanche), porque eu sei que se me rendesse à "chantagem", ele nem sequer iria querer provar a sopa no dia seguinte. E lá fui conseguindo dar uma colher hoje, três amanhã, seis a seguir...
Mas, ao fim de uma semana, e graças à paciência e sabedoria das fadas que trabalham na creche, hoje ele já comeu a sopinha toda e, quanto ao leite, vamos esperar pelo papá, para ver como ele se sai. Na creche, depois de três tentativas frustradas, e de várias experiências com tetinas diferentes, parece que já encontraram aquela de que o rapaz gosta (uma nova da NUK, larga) e durante dois dias já lhe deram o leitinho. Fui a correr comprar um biberão igual, para o papá tentar mais logo...
Para além disso, estou satisfeita, porque ele fica muito bem, sempre sorridente e sem birras. E, ao fim da tarde, quando me vê, faz-me um sorriso ENORME e mostra-me toda a sua felicidade e eu fico bem e o meu coração pode, enfim, desapertar-se um bocadinho...
...aqui, deste lado da montanha.
Durante os dias da Páscoa, decidimos pôr mãos à obra e andámos muito entusiasmados.
Temos uma casa inteira para recuperar. A casa está velha, suja, e é fundamental que fique, quase, irreconhecível, para a podermos chamar nossa e deixar de ser a casa da tia. Tudo seria fácil se, tal como eu já disse várias vezes, alguém não se tivesse esquecido que para eu ser rica, como deveria, tenho de ter dinheiro- coisa que não abunda por cá. O que fazer? Pôr mãos à obra!
Obras sem dinheiro:
Primeiro, mudar os móveis todos para duas ou três divisões; depois, arrancar as alcatifas, com trinta anos de ácaros, sujidades, poeiras e afins; de seguida, lavar o chão, raspar as paredes, lavar, outra vez, o chão,lavar as paredes, tirar as janelas, lavar as janelas, tentar que os rolos das persianas não se desfaçam nas nossas mãos , arranjar os trincos das janelas, lavar as portas, lavar, outra vez, o chão...
Procurar restos de tinta, entre os familiares, e comprar, apenas, duas ou três essenciais. Pintar os tectos, deixar secar. Pintar as paredes. Pedir ajuda às pequenas (à Princesa e à T.) para fazerem um desenho no quarto que há-de ser dos miúdos. Arrumar tudo.
Tudo isto interrompido por muito choro de bebé e por alguns, bons, encontros com amigos.
Agora, falta o chão. Vamos mesmo ter de gastar dinheiro... Mas vamos ser nós a fazer tudo, para pouparmos. Até acho piada a fazer isto, claro que se tivesse dinheiro poderia fazer coisas mais giras, e rapidamente, mas, não há dúvida que, assim, tudo vai ter um valor especial. Vamos poder realizar o desejo da tia de viver lá em casa e talvez, deste modo, eu passe a sentir-me em casa. Talvez deixe de dizer "vou visitar a família" e passe a dizer "vou passar uns dias à casa de férias" (eh pá, até parece que sou mesmo rica!).
Não temos dinheiro, mas temos tempo, vontade, e estamos a divertirmo-nos. E (só para ti!) os nossos sonhos são bons e levam-nos a continuar...
...aqui, deste lado da montanha.
Ah, pois é! Depois de dias e dias de angústia em que os meus (dois ou três) leitores procuraram, em vão, por notícias minhas, depois de horas mal dormidas a questionarem-se se teria deixado o outro lado da montanha, depois de momentos de desespero e dúvida, aguardando um novo post, eis que finalmente posso dizer a todos para respirarem de alívio, porque VOLTEI!
Voltei e, não só ao o outro lado da montanha, voltei à escola, por isso, o Professorices, o blog com alma de professor, também vai começar a ter por lá umas palavras.
...aqui, deste lado da montanha.