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A Pompinhas lá foi a mais um passeio com os colegas da creche. É claro que até ela chegar o meu coração está muito dividido entre o "obviamente, tinha de ir" e o "medo avassalador".
O meu coração está apertadinho, apertadinho...
... e os primeiros sorrisos. ADORO!
Eu sei, eu sei, não deveria escrever este post porque ele vem por cá dar umas espreitadelas e eu arrisco-me a nunca mais ter sossego e a ter que levar com sessões de convencidismo e de "sou mesmo bom" ou de "gostas mesmo de mim". Mas, pronto, rendo-me. O rapaz merece. E eu gosto mesmo dele.
O MEU (o possessivo é para afastar quaisquer mafarricas com pretensões erradas) homem é um espectáculo. Tem sido um apoio enorme nesta fase tão atribulada e estranha. Não me ajuda, porque, como ele diz, ajudar é pressupor que eu é que faço e, na verdade, ele tem dividido todas as tarefas cá da casa comigo e tem-se revelado um verdadeiro "dono-de-casa": cozinha, toma conta da Pompinhas( e só ela é suficiente para deixar 3 ou 4 cansados), vai às compras (mesmo tendo que pedir ajuda para comprar pensinhos diários...), deixa-me descansar (e ver os episódios que não consegui ver do flashforward), tira-me cafés como eu gosto, e ainda vai dizendo que eu estou com bom aspecto (:olheiras até ao queixo, cabelo a querer metamorfosear-se em esfregão da loiça, pernas a fazer concorrência às dele em termos de pelosidades, uns quilinhos a mais e uma barriga que, ainda (tenho esperança!), não cabe nas minhas roupas)... Eu amo mesmo este homem!
Afinal, os príncipes encantados dos contos de fadas existem. Têm defeitos, é verdade, mas existem...
PS: o post dos defeitos fica para outra altura em que o rapaz não faça tanta falta como agora.
Com tantas incursões aos vários departamentos de clínicas e hospitais, no último mês, estamos prestes a obter direito a um número de cotas... E este fim-de-semana lá voltámos nós aos médicos. No sábado, ida à Cuf para o raio-x da pompinhas: pouca gente.
Como há dias que tinha sintomas de infecção urinária, com direito a sangue, e para não levar os miúdos para as gripes das urgências, lá fui ao atendimento permanente. A médica receitou-me antibiótico e, se o sangue não parasse até segunda, devia ir às urgências obstétricas.
No Domingo: nada de sintomas da infecção, mas o sangue continuava.
Na Segunda-feira: continua o sangue (pouco, mas ainda vermelho vivo).
Vou com o Rafael ao Centro de Saúde, para pesar (continua a aumentar muito bem), e a enfermeira diz-me que devo ir às urgências. Que raiva!
Apetece-me chorar. Não quero ir, outra vez, para o hospital... não quero levar os meus meninos para as gripes...
Lá vou!
No hospital só gente de máscara. Corro com o carrinho do Rafael, tentando desviar-me dos vírus, até à ObstetrÍcia. Felizmente, a Pompinhas adormeceu e ficou com o papá no carro.
Espero...
O médico observa-me, faz eco endo-vaginal e diz que tenho um mioma. Nada de preocupante, mas para ser controlado pela obstetra, porque , se não desaparecer até consulta de revisão do parto, tem de ser retirado.
Eu sei que deveria ter ficado angustiada e preocupada, com o que ele me disse, mas estou tão farta de estar "mal" que me alivia saber o que tenho. Vamos ver o que os próximos dias trazem.
Fizemos, ontem, a árvore de Natal: a primeira a quatro. Quando começámos a tirar os enfeites das sacas, onde estão guardadas desde o ano passado, a Pompinhas disse:
-Uau! Tanta coisa mauavilhosa!
Depois,demorámos algum tempo, porque tivemos de interromper para a maminha, a fralda, o choro, o almoço, a sesta...
Mas, quando acordou, a Pompinhas entrou na sala e disse:
- Uau!
E isto diz tudo.