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Doce e terna inocência II

por Ni, em 26.11.09

 À mesa (numa daquelas sessões de teimosia que depois já nem nos lembramos sobre o que é):

Bi: É preto!

Eu: É branco!

Bi: Mas será que não vês que é preto?

Eu: Tu é que está cego. É branco.

 

Pompinhas ( em voz alta): Pronto, pronto, a mamã tem razão!

Eu: Obrigada, filha, alguém que me compreende.

Pompinhas (em voz baixa, virada para o pai, com a mão a esconder a boca): E tu também, papá!

 

3 aninhos de muito jogo de cintura... Tudo indica uma forte queda para a política!

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Licença para amar

por Ni, em 26.11.09

 Não tenho tido oportunidade para vir aqui escrever. Aliás, estou a fazê-lo com o meu mais novo amor ao colo, que vai chorando por atenção, porque é um miminho/mimento e quer colo, colo, ternurinhas e beijinhos. E eu dou-lhe o que ele vai pedindo porque, afinal, a licença de maternidade é para isso. Não é para arrumar a casa, lavar  roupa, arrumar gavetas, fazer coisas. Não, não é licença de dona de casa, nem licença de bricolage, nem licença de feminismo.É licença para ser mãe. Por isso, às vezes, não tenho tempo para tomar banho, para me vestir ou para comer, mas, mesmo suja, em pijama e esfomeada, estou feliz com o meu rebento ao colo.

Portanto, desculpem lá não aparecer por aqui com tanta frequência nos próximos dias: estou ocupada a amar!

 

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Felicidade

por Ni, em 20.11.09

 E hoje sou, apenas, felicidade. Sem mais palavras, sem mais comentários ou considerações. Apenas... felicidade.

 

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Parto

por Ni, em 17.11.09

 Não sei como os piores dias da vida de alguém podem resultar num momento de felicidade tão grande como o nascimento de um filho, mas foi isso que aconteceu comigo. No dia em que tive um momento para respirar, e escrever o meu último post, o Rafael achou que era hora de nascer, porque adivinhava as melhoras da irmã.

 

Foi talvez o parto mais inesperado de todas as possibilidades que ao longo destes nove meses imaginei. A angústia que me atormentou durante os dias que estive internada com a minha princesa foi dando lugar a um sentimento de esperança, por vê-la a recuperar, e ao mesmo tempo a uma espécie de descontracção que antecedeu o nascimento do Rafael.

 

Depois de almoço, o Bi disse-me que vinha a casa buscar roupa (uma vez que graças à gentileza da equipa de Pediatria, estávamos os dois a acompanhar a Pompinhas, prevendo já o nascimento do Rafael a qualquer momento) e eu achei que era melhor ele não vir porque não me estava a sentir muito bem: indisposta e com umas dores, como tinha sentido já anteriormente - podiam ser ou não mais um falso alarme.

Às seis da tarde começaram a intensificar-se as contracções e eu deitei-me, tal como me mandara fazer o obstrecta, para saber se elas passavam. Não passavam. Continuavam a aumentar. Às sete horas a copeira foi ao quarto levar-me a senha para jantar e como me viu assim, disse-me que talvez fosse melhor subir ao piso da Obstetrícia para ser observada, mas, como estava com receio de que fosse falso alarme, disse apenas ao Bi que me estava a sentir com mais contracções e fui jantar. Confesso que as dores se intensificaram de tal modo que apenas comi um prato de sopa. 

Depois lavei-me, arranjei as coisas que tinha no hospital, separei as roupas e os sacos e fui perguntar como se ia da Pediatria para a obstetrícia. Mais uma vez, a enfermeira foi genial e mandou a copeira comigo. Esta senhora, de quem não sei o nome, veio comigo às urgências fazer a ficha, levou-me lá acima, recomendou-me à enfermeira e esperou por mim, até saber o que ia acontecer. Quando entrei, não havia nenhum médico de serviço, mas, por sorte, estava lá a enfermeira Ana, que era quem estava lá na sexta-feira passada e quem tinha feito o parto da Sofia Miguel. Ela disse-me logo que estava destinada a ser ela a fazer também este parto porque ia ficar a fazer noite e eu já tinha 3 dedos de dilatação. Depois perguntou-me se eu queria ficar já numa cama ou se preferia vir até à Pediatria e aguardar que chegasse algum médico. É claro que eu quis ir dar um beijinho na Sofia Miguel e contar ao meu amor que o Rafael ia nascer. Eram nove horas quando a enfermeira me observou e até às nove e meia estivemos os três deitados de mãos dadas a tentar que a Sofia adormecesse para o Bi poder ir ter comigo.

Como as dores se foram intensificando, fui subindo e liguei apenas à Di a contar-lhe o que se passava. Às dez horas  e quinze minutos, finalmente, apareceu uma médica que me viu e que, por insistência da enfermeira Ana, lá me fez um toque e viu que já estava com 4 dedos de dilatação. A enfermeira deu-me um clister, mas, quando fui à casa de banho apenas senti uma água a escorrer e as dores a intensificarem-se e não consegui fazer mais nada. A enfermeira levou-me para um quarto de dilatação e disse que já dava para me dar a epidural, e neste momento entra a médica e diz que me faltavam umas análises para a epidural... Eu, nesse momento, pensei que tudo ia correr mal. A enfermeira pediu as análises, com urgência, e achou que era melhor ver se o Bi já tinha chegado para me fazer umas massagens. 

As contracções eram cada vez menos espaçadas e mais dolorosas e, de repente, entrou a enfermeira Ana e eu disse-lhe que elas eram cada vez mais próximas e ela disse que já tinha metido uma cunha para as análises serem mais rápidas e depois olhou para mim e perguntou se eu tinha vontade de fazer força, disse-me "tenho de a ver", "já não vai dar para fazer a epidural", "tenha calma que o momento expulsivo não custa"... E eu só pensava que ia tudo correr mal, porque estava com tantas dores.

Fui para a sala de partos a andar para ver se o meu bebé descia um pouco mais e quando me deitei comecei logo a fazer força. O Bi segurou-me na mão e dava-me força para eu continuar. A certa altura a enfermeira disse-me para parar e, quando eu olhei para a auxiliar que estava ao meu lado, senti que alguma coisa não estava bem. A enfermeira Ana mandou-me fazer força uma última vez e disse "pronto, já cá está", mas eu só via a auxiliar a esfregar uns pézinhos todos roxos e a dizer "vá, bebé, vá!". Nem mo mostraram. Levaram-no logo para trás de mim. Procurei os olhos o Bi que não parava de olhar para trás de mim enquanto me dizia que eu tinha conseguido. Eu perguntei-lhe se estava tudo bem e ele disse-me que sim, mas eu sentia que não. Perguntei se ele tinha visto o bebé a respirar e ele suspirou forte e disse que sim, mas eu sei, agora, que só neste momento ele tinha visto o peito dele a encher-se de oxigénio, com a ajuda do pediatra. O meu pequenino nasceu com uma circular toráxica e, talvez por isso, só chorou (respirou) mais tarde e não assim que nasceu.

Entretanto o pediatra, que por coincidência era o pediatra da Sofia, disse que estava tudo bem e, na primeira consulta do Rafael até explicou que a situação é mais frequente do que pensamos e pouco preocupante, mas que foram (mais) uns momentos de angústia, lá isso foram...

É claro que, hoje, em casa, com os meus dois filhotes e o meu amor, todo este sofrimento parece longínquo, mas as recordações destes dias que antecederam o parto e os momentos do parto foram sofridos. Agora só quero estar com os meus amores e chorar estas horas, porque ainda não tive tempo para chorar. Quando as lágrimas levarem estas tristezas, sei que só haverá lugar para a imensa felicidade que sinto.

 

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Internamento pneumonia

por Ni, em 04.11.09

 Tudo pode acontecer durante uma gravidez que se esperava mais ou menos tranquila. Assim, dou por mim internada às 39 semanas e meia, com a minha princesa que tem uma pneumonia. 

Depois do susto dos quarenta de febre, do sangue na expectoração e da oxigenação insuficiente, bem como da angústia de a qualquer momento o Rafael nascer e eu ter de deixar a minha Pompinhas, finalmente, uns momentos de calma, porque ela parece estar a melhorar...

Conta-se com o amorzão papá, com a simpatia da equipa de pediatria que tem sido super-simpática e com o apoio dos que gostam de nós...

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Febre...

por Ni, em 01.11.09

 Estava eu tão descansada, em pijama, a ver os chuviscos na janela grande e a actualizar o blog, quando, de repente, a Pompinhas começa a ficar toda molinha, a pedir a minha mantinha, a enroscar-se no puff: febre!

Vou tratar dela.

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A prenda de anos

por Ni, em 01.11.09

 Tudo começou muito antes da data do meu aniversário. Desta vez o meu maridinho decidiu que não ia deixar para o último momento a compra da minha prenda de anos e em Agosto, quando ouvi anunciar que a Diana Krall vinha a Portugal e comentei que adoraria ir, ele resolveu comprar os bilhetes em segredo. O tempo foi passando e a barriga/incómodo/mau-estar foi crescendo, de tal modo que no início de Outubro ele olhou para mim (cheia de hemorróides, deitada no sofá) e disse-me:

- Acho que vou ter de trocar a tua prenda de anos...

(Vende os bilhetes)

 

No meu dia de anos, com aquele humor desgraçado que me atacou, recebo um grande caixa com... uma máquina de café . As cores não correspondiam às escolhidas (tinha sido comprada pela internet) e, resultado disso, tinha agora na minha cozinha uma máquina que, em vez de ser metalizada e preta, era metalizada e... amarela. Bem, tentemos pelo menos o café. Sabe a... carioca de café. Mais uma experiência e... café queimado. Mais uma experiência e...água de lavar as chávenas. Agora com mais café... Agora com menos café... Agora com pastilhas...

Finalmente, lá decido e faço eu um café que lhe levo ao escritório. Ele prova, ri-se e comenta "Ah, que espectáculo, até que enfim que conseguimos um bom café. Como é que fizeste?"

E eu: "Na máquina velha..."

E ele:

- Acho que vou ter de trocar a tua prenda de anos...

(Tenta que lhe devolvam o dinheiro da máquina)

 

Comento com ele que já escolhi o relógio que quero, mas ele tem de ir comigo para me ajudar a escolher, para dar a opinião dele. Hoje não pode, amanhã não pode, depois também não. Os dias passam.

Uma noite, entre os lençóis, uma caixa com um GUESS espectacular que eu tinha escolhido. Lindo! Um relógio. Ponho o relógio, mas é tão pesado, é tão...relógio. No dia seguinte, digo-lhe, com a minha cara de comprometida:

- Acho que não me sinto muito bem com o relógio ...  Parece que me incomoda...

- Mas foste tu que o escolheste...

- Pois, mas...

- Então, vai lá e troca o relógio

- Vem comigo, para me ajudares a escolher.

- Para quê? Vais sempre achar que devias ter feito o contrário do que fizeres.

 

Troquei o relógio por aquelas duas belezas que estão no post anterior, mas, confesso, é difícil ser casado com uma balança. 

Sim, amor, é difícil comprares-me prendas...

 

 

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101 coisas em 1001 dias

por Ni, em 01.11.09

 Tarefa 56 duplamente cumprida:

 

   

 

Esta foi graças ao meu amor. Obrigada!

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Gravidamente XXV

por Ni, em 01.11.09

 Na quinta-feira, dia 29, lá fui, eu e a minha barriga, à consulta com a minha GO. Faço um CTG e, às tantas, ela vai lá "visitar-me" e dizer-me que está muito admirada por eu ainda ali andar de barriga.

Depois do CTG (com contracções, sim senhora), ela faz-me o toque e pergunta: "quer ter o bebé hoje ou amanhã?". Espanto-me e ela diz: "tem dois dedos de dilatação e o colo baixo, nasce hoje ou amanhã. "

- Ah é?

- Sim, se estivéssemos num hospital, em três ou quatro horas eu despachava-a. Assim, vá para casa e fique com tudo à mão para ir para maternidade, porque de amanhã não passa...

 

Lá saio eu, telefono ao Bi e ele, claro!, vem a correr para casa e deixa as aulas. Eu vou dizendo que tenho um mau-estar na barriga, uma espécie de pré-dores de período, como aconteceu com a Pompinhas, mas dores fortes, nada! Telefono também à Di, porque ela queria que eu lhe desse notícias, mas, para evitar um segundo falso alarme, disse-lhe que não era preciso vir.

 

À noite aparece a Di com a minha mãe. Não querem perder pitada, mas eu continuo confortavelmente instalada no meu sofá. Se estiver deitada, não se passa nada. Se me levanto, dói-me a barriga.

 

Durmo optimamente, mas no banho sai um muco ensanguentado, e, depois de uma manhã bastante dorida e com bastantes contracções, lá vamos à tarde à maternidade saber se tinha havido evolução. Depois de duas horas de espera , comento com o Bi que estou a sentir-me cada vez melhor e as contracções parecem estar a desaparecer(???).

O médico que está de serviço faz-me mais um toque: "tudo muito atrasado!" (???), mas vou fazer um CTG: nada de contracções (???).

O médico, espectacular, lá me explica tudo com muita paciência. Estou numa fase de pré-parto, em que todo o corpo se está a preparar. As dores são da pressão que a cabeça do Róquinhas faz, o muco é resultado do toque, as contracções são de preparação e uma maneira de as distinguir é deitar-me de lado (se me deito de lado e desaparecem é porque não são AS contracções).

Vá para casa e volte cá daqui a uma semana!

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