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As dúvidas de grávida voltaram a atormentar-me. Às consequências da viagem lá acima (casa dos avós) seguiu-se um mal-estar geral que me obrigou a passar, mais uma vez, a tarde toda no sofá. O bebé está super agitado, balançando-se de um lado para o outro da barriga, tenho uma dor muito suave no útero e perdas de urina (?). Claro que, com todas as diferenças desta gravidez para a da Pompinhas, nem sei se é urina ou líquido amniótico. Fui às farmácias tentar comprar uns pensinhos de que a enfermeira de Preparação Para o Parto tinha falado e que, supostamente, permitem distinguir as duas coisas, mas aqui no Cadaval não há nada.
A noite foi mais calma e por isso decidi esperar por amanhã, porque tenho consulta com a obstetra. Entretanto, o meu rapazito continua a mexer-se bem. Acho que tudo não passa de uma reacção às viagens que ele sempre detestou...
O PS ganhou as eleições. Os professores perderam. Se o PS tivesse perdido, os professores teriam, igualmente, perdido.Inexplicável.
Pois, às vezes, o meu amorzão (que por acaso nunca repara nas mudanças da mobília, a não ser que eu lhe diga...) responde ao meu "Mudei a mobília" com um " Achas que assim está melhor?" e que significa "Detestei! Onde é que ela vai buscar estas ideias?". E, não sei explicar porquê, no dia seguinte, quando ele chega do trabalho, a mobília voltou ao lugar anterior...Talvez isto também seja amor.
O meu "vício" constante de mudar a mobília e a decoração da minha casa (pelo menos, ao ritmo da mudança das estações do ano) alargou-se ao template do blog, mas, também, ao título...
Mudei o título do meu blog.
Confesso que o que me levou a esta alteração foi, primeiro, as palavras da minha amiga D. que me disse que não voltaria a visitar o outro lado da montanha, porque era muito um diário. Pois! Certo, concordo.
Depois, percebi que nesta caminhada para chegar ao outro lado da montanha o que se evidencia é sempre o meu lado de mulher. Não consigo escrever apenas sobre um assunto. Não consigo escrever da minha gravidez, sem escrever da minha filha, não consigo escrever da minha filha sem escrever do meu amor, ... não consigo escrever do caminho para o outro lado da montanha, sem escrever de todas as coisas que fazem parte de mim.
Pronto! Gosto disto. Quando me fartar deste título, quando o blog deixar de ser um diário de mulher, mudo o título.
Pois, já percebemos, com a mudança de cores, que mudámos de estação: é Outono.
Que rica broa que comemos em casa dos C. ! Aprovadíssima. Quente e a molhar num azeite saboroso. Mais uma vez não houve lugar para fotos: desta vez esquecemo-nos da máquina... Mas a broa era mais ou menos assim:
Depois ainda revimos o Dirty Dancing e chegámos à conclusão que continua a ser um filme que nos deixa de sorriso nos lábios e com vontade de dançar. Ah! E o Patrick Swayze era mesmo giro. Em pouco tempo dois marcos da minha adolescência que morrem. Será que quer dizer que estou a ficar velha??
E eis que se dá início oficial à "rentrée". Ontem os amigos C. vieram cá a casa para uma jantarada. Já tinhamos saudades. A Pompinhas estava eufórica e meio "louca" quando eles chegaram: correr pela casa, gritar, não parar de falar, portar-se mal... Espero que agora este fenómeno não se repita sempre que houver um reencontro.
Fiz uns peixinhos de atum como entrada, uns bifinhos com bacon e uma tarte meio inventada de côco. Queria ter tirado umas fotos, mas já só me lembrei quando estava tudo reduzido a um décimo... Fica para a próxima.
Hoje o programa das festas continua em casa deles. Parece que vamos ter brôa feita pelo C. Será que vai resultar?
A nossa princesa brilhou mais uma vez e deixou-nos de sorriso na cara. O Bi estava a fazer o jogo das profissões:
"-Como se chama o homem que arranja os sapatos?
-Sapateiro.
-Como se chama o homem que corta o cabelo?
-Cabeleireiro.
-Uma difícil, como se chama o homem que faz a comida?
-Cozinheiro.
-Muito bem. E como se chama o homem que conduz os carros?
-Papá!
Não está isento da possibilidade de alteração, assim que olharmos para ti, mas por agora achamos que Róquinhas é uma alcunha tão boa e tão só nossa como Pompinhas. Até a mana já vai dizendo "Róquinhas, queres uma pintarola?" E ai de mim se penso em dizer que não, ela diz logo "É para o manito!"
O "manito" ocupa um lugar privilegiado na vida da nossa princesa. Já tinhamos percebido isso, mas com o passar dos dias a ansiedade dela vai aumentando na mesma proporção da minha barriga. Primeiro, eram os doces e pintarolas e rebuçados que o manito tinha de provar para ver (e dizer - atenção que tem de ser com voz de bebé...) se eram bons, depois os bonecos que passaram a acariciar a minha barriga numa espécie de aprovação para poderem passar ao quarto do manito (têm de ser fofinhos, entenda-se, macios), depois os beijos a toda a hora, com direito a cara feia se não há uma resposta do outro lado da barriga a "dizer" que se gosta dos mimos (não lhe digam, mas encolho e estico a barriga), as cantigas no caminho para a escola, inventadas de propósito, de maneira a entrar o nome Rafael (O balão do Rafael sobe, sobe sem parar...) e no fim de cada música, já se sabe: "gostas, manito, gostas?" e a tal resposta - com voz de bebé - "gosto muito" e logo a seguir: "então, canto-te outra"... Agora já começa a dar mostras de alguma impaciência. Vira-se para a barriga e diz "NUNCA MAIS NASCES!!"; "Estás a demorar tanto para nascer!"; "Quando é que tu nasces?!".
Enfim, temo que o nascimento do "manito" se revele, nos primeiros meses, uma grande desilusão..