O OUTRO LADO DA MONTANHA

Gosto de ir às compras. Assim: quando não tenho nada para comprar, quando não tenho pressa, nem uma princesa a esconder-se entre os cabides da roupa, ou um marido com aquela cara de "já passaram três minutos e ainda não compraste nada". Gosto de ver, experimentar, saber os preços aqui e ali e no outro lado.

Mas no mundo das barriguitas tudo é diferente. A roupa justa é demasiado justa e a larga demasiado larga. Se experimento uma t-shirt coladinha à barriga, pareço... gorda; se experimento uma túnica, pareço... humm, como é que se diz? Ah, é isso, gorda!

Pronto, pronto, como ainda não cheguei ao fim de mais esta descida da montanha russa das emoções, vou corrigir:

Se experimento uma t-shirt coladinha à barriga, pareço... grávida; se experimento uma túnica, pareço... grávida!

Este post é só para ti, meu amor. Sei que não resistes a espreitar o que por aqui teclo, mas já estou a ver a tua cara () quando reparares no tempo IMENSO que tem este blog... Não importa, tenho muito tempo para chegar ao outro lado da montanha...

Beijocas!

Para este post, queria fazer uma coisa engraçada, mas preciso da ajuda do Bi. Tenho de esperar por umas "dicas", porque nisto da informática ainda estou um POUCO pequenina.

Para além de tudo o que se passou nesta festa (as coisas menos boas são para esquecer), fica o bom ambiente, uma casa que está giríssima, umas sobremesas óptimas (oh miúda, tens mesmo de comprar uma batedeira, e não vale dizer que sem batedeira tens desculpa para não fazer doces, porque nem fazes tu e nem faz ninguém....) e, principalmente, vou guardar a tua alegria, "maninha".

Parabéns!

Graças ao feriado de Alenquer e á generosidade do patrão da Força Aérea, conseguimos um fim-de-semana de quatro dias . Adoro mesmo este patrão!

Rumámos, ou deveria dizer surfámos?, até à Ericeira, e passámos a quinta-feira na casa do Zé. Afinal o "chefe" é rico: um apartamento num aldeamento com piscina exterior e interior e água aquecida. Também quero!

Não se está mal na Ericeira, mas eu continuo a preferir o "meu" Algarve. Se houver por aí alguém a pensar em oferecer-me um apartamento, pode ser lá em baixo.

Hoje fui à escolinha da minha princesa contar uma história.

Ponto um: como é possível ficar envergonhada à frente de 25 meninos e meninas de 4 anos? Senti-me corar e só pensava "ai, ai, se os meus alunos de técnicas de comunicações me vissem agora!!!".

Ponto dois: quando vim embora, a minha princesa abraçou-me com força e o abraço dela tinha a felicidade suficiente para apagar muitos momentos menos bons. És linda, princesa!

Meu amor, já há muito tempo devia ter escrito este texto, mas, se calhar, tenho andado todos os dias à espera de chegar ao outro lado da montanha. És um tesouro pequenino (tens agora 15 semanas dentro da minha barriga), mas muito, muito precioso.

A tua madrinha Márcia, dominada pelo síndroma de irmã mais nova, diria que não te escrevi antes porque és o segundo filho... Talvez. Talvez a tua mana me (te?) roube um pouco do tempo que tenho para as palavras. E depois? Que importa? Se esse tempo é dividido em mimos e palavras de amor por ti, que importa que não apareça em palavras? És muito desejado. Mas ao meu desejo e ao do teu papá, juntou-se o da tua mana, que acordava de noite a gritar que queria um mano, que não tinha ninguém e, por isso, QUERO UM MANO!

O apetecível em o outro lado da montanha é que só saberemos o que lá há quando lá chegarmos.

Li, no outro dia qualquer coisa parecido com isto, num livro do Rodrigo Guedes de Carvalho (A Casa Quieta), e percebi que se pode aplicar a tudo. Parece que as palavras estão sempre a ganhar um novo espaço na minha vida.