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Uma coisa que aprendi com estes (poucos!) anos de mãe é que se aprende muito a ouvir as outras mães. Ouvir daqui, ouvir dali, misturar tudo, analisar resultados comprovados e , por fim, a regra de ouro, decidir sempre com o coração. Só esta regra te permite continuar quando, por vezes, muitas vezes, te vês estatelada no chão, a arrepelar cabelos, a pensar que cometeste o maior erro da tua vida, porque é sempre o maior...
Uma colega que não vem mesmo ler o meu blog, a não ser que talvez, por acaso, perguntou-me no outro dia como é que fiz para os miúdos deixarem as fraldas. E, dizem, tive muita sorte. A miúda demorou um mês, bastante molhado; o miúdo, talvez uns três, escassamente molhados.
Os primeiros xixis da miúda foram na praia, ali mesmo a ver o que acontecia, quando se tirava aquele monte de papel, empecilho, calorento. Ela gostou e, quando eu dei conta, já não queria fraldas, mas continuava a precisar delas... Munam-se de esfregona, roupa de substituição e muita, muita paciência. Uma semana depois, tirei-lha a fralda à noite. Poucos líquidos à noite, xixi antes de dormir, xixi à meia-noite (a dormir) e muitos lençóis à mão para trocar a meio da noite e, claro!, paciência!
Com o rapaz foi mais demorado, mas foi ele que pediu para fazer sem fralda. Primeiro, como a mana, depois, como os homens. Levou mais tempo, porque como ele era novinho hesitei entre tirar ou não as fraldas. À noite, as coisas só funcionaram quando comecei a sentá-lo na sanita para fazer o xixi. Acho que em pé ele ficava menos descontraído.
Ah! sanita, pois, porque para eles o "bacio" ou "pote" é mais ou menos um objeto estranho... O miúdo até acha que é um brinquedo qualquer... Imitação é outra das regras com crianças que fui adotando. Eles são melhores a imitar-nos.
Dizem que tive sorte. E tive. Sorte e muitas noites mal dormidas, muitas roupas trocadas, às vezes, quase sempre, nas piores alturas, alguns banhos a meio da noite, alguma vontade de desistir e pôr-lhes uma fralda e miuuuto mau-humor... e sorte.
...aqui, deste lado da montanha.