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Somos assim, geralmente, aversos à mudança, desconfiados de tudo o que implique novidade. Não sei se é por termos debaixo da pele traços de portuguesices ou se é, apenas, porque somos humanos.
Não sou tão diferente de todos, apenas guardo para mim a desconfiança face à mudança e permito-me ser tão fácil de convencer a mudar que até dói! Basta só, só, dizerem-me que é melhor, mais fácil, mais rápido, palavras mágicas para que me vá pôr experimentar.
Os professores deviam ser assim com tudo. Ensinar é isso mesmo: rasgar as bases de qualquer coisa tida por certa. Ensinar é mudar. Aprender é mudar.
Deviam ser, mas não são... Tenho colegas presos a ontem sem perspetivas de amanhã. Velhos do Restelo, com pouco mais de 30 anos.
Que a nossa vida está difícil, que somos mal vistos, que somos mal pagos, que não nos respeitam... Está bem. Mas não deixo que me levem a vontade de aprender, de saber, de melhorar.
Vem isto a propósito de uma formação a que fui, dada por colegas meus, sobre um projeto pseudo-novo com computadores e, não, não vou criticar, não vou comentar. Ou talvez comente mais tarde... Mas serei SÓ eu que acho, no mínimo, estranho ir a uma ação sobre computadores, em computadores, em que até é requisito levar-se o computador próprio, e a primeira coisa que fazem é distribuirem-nos apontamentos em papel??? Alô??!!! Raio de velhos do Restelo mascarados! São os piores!
...aqui, deste lado da montanha.