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Esqueçam isto . Tenho a dizer que não conseguimos passar das fotografias bonitas e dos gosto no facebook, e-mails e afins. Na realidade, na vida prática e concreta, e não virtual, as mulheres não podem levar os filhos, nem os de três anos, silenciosos e sossegados, às reuniões, pelo menos, não nas escolas, pelo menos não na minha escola.
Não falo dos meus filhos, esses não são silenciosos nem sossegados, cabe-lhes um lugar num canto da sala de professores em frente ao computador, enquanto eu rezo para que o filme não termine antes da reunião. Não falo de mim, que já dei muitas faltas ao trabalho, primeiro porque sim, e porque estava a míseros 500km de casa, e depois porque os meus filhos adoecem à velocidade de um ai. Falo de uma colega que há duas semanas atrás comentava comigo que nunca tinha dado uma falta ao trabalho. Nunca. Nem por assistência à família... Nem por doença... Nunca. Nem uma falta.
Hoje, numa reunião às sete da tarde(os professores, realmente, não fazem nada), depois de ter passado o dia todo na escola a matricular alunos (porque os professores quando tiram os cursos têm de ficar aptos para trabalhos burocráticos e administrativos), depois de ter ido a correr buscar o filho para não se atrasar entre as seis e meia e as sete, depois de pegar meia dúzia de lápis e uma folha, depois de enfiar um pão com fiambre na boca do filhote, é obrigada a sair da reunião, porque o filho não podia lá estar. Argumento: ia haver votação. Já disse que o filho em questão tem três anos, não disse?
Não, não estamos na Itália...
...aqui, deste lado da montanha.